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Crônicas, seguros e um pouco de tudo

Opinião|A VELOCIDADE DAS MARGINAIS

a discussão precisa ser feita dentro do contexto, com números confiáveis

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Atualização:

se reduzir velocidade fosse solução, então o melhor é limitar os carros a 5 quilômetros por horana pista expressa e 2,5 nas pistas locais.

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UMA DISCUSSÃO DETURPADA

Quando se diz que a 50 quilômetros por hora as chances de alguém morrer num acidente de trânsito são muito menores do que a 70 quilômetros por hora, é verdade, mas a verdade precisa ser vista no seu contexto.

No caso, os testes são feitos com o veículo a 50 quilômetros constantes e a 70 quilômetros constantes batendo num muro de concreto. É evidente que o carro mais lento terá menos danos, mas ambos os acidentes são suficientes para matar os passageiros.

Assim, não é verdade que a afirmação acima se aplique às Marginais e a outras vias expressas de São Paulo. Em primeiro lugar, durante o dia dificilmente alguém conseguirá dirigir a 50 quilômetros por hora em qualquer uma delas.

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Em segundo lugar, de noite, dirigir a 50 quilômetros por hora aumenta os riscos de acidentes, em função da monotonia do trajeto.

Em terceiro, mas não menos importante, boa parte dos mortos em acidentes nas Marginais são pedestres, ou seja, ambulantes vendendo mercadorias piratas e assaltantes, que não deveriam estar lá, inclusive porque as pistas das vias expressas não são lugar para pedestres.

Finalmente, contradizendo as informações da prefeitura que não gosta da cidade, Belo Horizonte teve uma queda maior do que a nossa no número de mortes no trânsito, sem reduzir a velocidade de suas ruas.

A explicação é simples: a crise gerada pelo PT tirou das ruas um número grande de veículos, o que resultou na queda dos acidentes.

Por outro lado, se baixa velocidade fosse sinônimo de segurança, a Alemanha seria campeã mundial de mortes no trânsito. Afinal, lá não há velocidade máxima. E não é isso que se vê. Bem-vindo, novo Prefeito! Bem-vindas, antigas velocidades! Abaixo a indústria da multa e a demagogia barata de quem nunca teve competência para governar a cidade.

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Opinião por Antonio Penteado Mendonça
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