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Opinião|COMO CRIAR ALUNOS PENSANTES?

Atualização:

Não é de hoje que a educação do nosso país enfrenta sérios desafios. É o governo, sem dúvida, que deve liderar essa batalha para melhorar o panorama da educação no Brasil. Mas as empresas podem e devem estar cientes da sua responsabilidade. Não se trata de fazer PARA a sociedade, mas COM a sociedade por meio de projetos articulados com o poder público, especialistas, ONGs e outras organizações.

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Nenhum investimento gera tanto retorno social e econômico quanto a educação. E cada vez mais os conceitos de objetivos, metas e indicadores - comumente trabalhado no dia a dia das empresas para avaliar resultados - estão presente no dia a dia de educadores e gestores públicos.

O tema da avaliação ainda gera muitas dúvidas, principalmente na interpretação dos resultados. Os principais indicadores para medir a qualidade da educação do país como IDEB, ENEN, PISA, entre outros, são ferramentas transformadoras na vida de alunos, professores, escolas, municípios e Estado. E é baseado na melhoria destes indicadores que muitas empresas estão pautando o seu investimento social.

Na busca por caminhos consistentes para reverter este quadro, a formação de professores é o ponto-chave para implementação de escolas mais integradas às comunidades, com métodos de ensino eficazes. Essa foi a rota escolhida pela Fiat Chrysler Automobiles (FCA), que iniciou uma jornada para melhoria da qualidade do ensino de escolas públicas em municípios localizados na área de influência socioeconômica do Polo Automotivo Jeep, no estado de Pernambuco. É o programa Rota do Saber.

Igarassu, em Pernambuco, foi o primeiro município a receber o programa em 2015. Seguido de Paulista, Goiana e Itambé. Na Paraíba, as cidades selecionadas foram Alhanda e Caaporã. Somando essas seis cidades, em 2017, serão 205 escolas públicas municipais participantes, com a capacitação de mais de mil educadores, beneficiando cerca de 30 mil alunos do Ensino Fundamental. Além da qualificação dos professores nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, e no método pedagógico, os diretores também recebem assessoria para melhoria da gestão escolar.

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Em Igarassu, as mudanças no dia a dia das escolas já refletiram no Ideb do município. Em 2013, o indicador do Ensino Fundamental 2 (5º ao 9º ano) era 3,9, passando para 4,2 em 2015. Uma evolução de 25%.

Entretanto, há que se ter muita cautela na utilização destes indicadores e resultados. Avaliar a aprendizagem de um aluno vai muito além do que receber respostas certas em provas como a do IDEB. A avaliação da aprendizagem deve ser vista como um processo holístico, que considera mais do que apenas respostas certas. Não podemos mais ter nas escolas alunos que memorizam respostas certas ensinadas por seus professores.

O papel da escola é fazer os alunos pensarem, questionarem, criticarem o que lhe está sendo dito. Se perguntarmos quanto é 4 + 3 para uma criança, ou mesmo um adulto, temos que estar abertos a respostas diferentes de "7". Vejamos, se forem 3 laranjas mais 4 pessoas, não teremos um conjunto de 7. Se forem 3 laranjas e 4 bananas, aí poderemos ter um conjunto de 7 frutas. Agora imagine esta resposta numa prova. Como avaliar a resposta de um aluno que responde algo diferente de 7?

Se queremos colaboradores mais eficientes, filhos inteligentes e uma sociedade mais evoluída, precisamos repensar e ampliar nosso repertório de ferramentas de avaliação para termos seres humanos mais críticos. Só assim teremos novos caminhos para os grandes desafios globais, que não têm resposta certa. Afinal, quanto é 3 + 4?

Nesta semana, mais de 200 pessoas entre educadores, gestores públicos de vários municípios de PE e PB, especialistas em educação e formadores de opinião se reuniram na fábrica da FCA, no Polo Automotivo Jeep, em Goiana, Pernambuco para conhecer os investimentos e resultados da FCA em educação.

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A iniciativa foi materializada no Fórum Rota do Saber idealizado pela Storymakers em sinergia com a Lynx. O trabalho das agências foi desenvolver um conteúdo que envolvesse a audiência numa experiência inspiradora e reflexiva sobre a educação do nosso país. Missão cumprida.

Opinião por Wal Flor
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