Mas creio que liberar os reajustes de mensalidades de planos de idoso após os 60 anos, como pretende proposta da Câmara dos Deputados, abre um precedente perigoso.
Além do que, vai contra o Estatuto do Idoso, que impede aumentos em função da idade do consumidor.
Hoje os aumentos para plano de idoso são apenas os autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, e não por faixa etária.
Por mais que se diga que o objetivo é diluir a alta que hoje se concentra na faixa de até 59 anos não há garantias de que os reajustes posteriores não continuarão a expulsar os idosos justamente agora que se vive muito mais, e numa fase em que se tende a ter mais doenças graves, vai se mais ao médico, faz se mais exames e cirurgias.
Temos que lembrar os casos em que se vende as mudanças como benéficas ao consumidor e depois se mostram só atender os interesses do setor. Como foi o da cobrança de despacho das bagagens. Ao contrário do prometido pelas empresas, o custo das passagens só tem subido, chegando a até 35%.
O problemados preços proibitivos dos planos de saúde só será resolvido com negociação, transparência, e medicina preventiva.
Os planos de saúde são vitais para 47 milhões de brasileiros e mais de 6 milhões deles são idosos.
E igualmente importantes para o governo federal, para o Ministério da Saúde, pois o Sistema Único de Saúde, o SUS, não teria como absorver os usuários que hoje contam com a medicina suplementar.