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Direito do consumidor

Opinião|É perigoso liberar reajuste de plano para idoso

Não há dúvida que é um desafio resolver  o problema do elevado custo do plano de saúde em um país no qual os usuários já são expulsos deles aos 50 anos, por mensalidades insuportáveis.

Atualização:

Desalento com desemprego. Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO

Mas creio que liberar os reajustes de  mensalidades de planos de idoso após os 60 anos, como pretende proposta da Câmara dos Deputados, abre um precedente perigoso.

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Além do que, vai contra o Estatuto do Idoso, que impede aumentos em função da idade do consumidor.

Hoje os aumentos para plano de idoso são apenas os autorizados pela Agência Nacional de Saúde  Suplementar, e não por faixa etária.

Por mais que se diga que o objetivo é diluir a alta que hoje se concentra na faixa de até 59 anos não há garantias de que os reajustes posteriores não continuarão a expulsar os idosos justamente agora que se vive muito mais, e numa fase em que se tende a ter mais doenças graves, vai se mais ao médico, faz se mais exames e cirurgias.

Temos que lembrar os casos em que se vende as mudanças como benéficas ao consumidor e depois se mostram só atender os interesses do setor. Como foi o da cobrança de despacho das bagagens. Ao contrário do prometido pelas empresas, o custo das passagens só tem subido, chegando a até 35%.

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O problemados preços proibitivos dos planos de saúde só será resolvido com negociação, transparência, e medicina preventiva.

Os planos de saúde são vitais para 47 milhões de brasileiros e mais de 6 milhões deles são idosos.

E igualmente importantes para o governo federal, para o Ministério da Saúde, pois o Sistema Único de Saúde, o SUS, não teria como absorver os usuários que hoje contam com a medicina suplementar.

 

Opinião por Economia & Negócios
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