As vendas de veículos caíram mais de 30% em janeiro, no pior resultado para o mês nos últimos quatro anos. Com milhares de veículos encalhados no estoque nas fábricas e ofertas para todo lado, vale aproveitar o momento para trocar de carro?
1. Em primeiro lugar é bom lembrar que o veículo se desvaloriza tão logo sai da concessionária. Além da depreciação, eles são caros para manter.
2. Antes de ir atrás das ofertas, leve em conta o impacto que uma troca de carro significa para as suas despesas: gastos com os impostos como IPVA, licenciamento e DPVAT, além do seguro, combustível e estacionamento.
3. O recomendável é avaliar o custo de oportunidade comparando o investimento para a aquisição do carro com outras possíveis formas de aplicar o dinheiro, principalmente considerando as incertezas atuais, com a retração da atividade econômica, resistência da inflação e redução dos investimentos produtivos. O panorama requer cautela para gastos.
4. Ao fazer a avaliação da relação custo benefício, caso você tenha concluído que o momento é bom para a compra, antes de tudo não deixe de comparar os preços médios dos cadernos de automóveis e de sites especializados. Faça um cálculo de desconto ou acréscimo em relação ao preço médio dos jornais.
5. E se a opção for por um carro usado, tenha certeza que o vendedor é confiável, se a compra for feita de pessoa física, por exemplo. As regras do Código de Defesa do Consumidor não se aplicam à compra e venda feita entre particulares. Mas nas transações feitas em lojas de revenda e nas concessionárias, aplicam-se todas as regras do CDC.
6. Nas lojas especializadas, é importante verificar se não há queixas nas entidades de defesa do consumidor. E conferir se está tudo certo com a documentação.
7. Anote os preços e leve em consideração as condições reais do carro: peças originais de fábrica, acessórios extras, funilaria e serviços que precisam ser feitos.
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