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Indústria automobilística

Anfavea tenta, de novo, evitar aumento do IPI

SÃO PAULO - A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mais uma vez foi ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, pedir a manutenção das atuais alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

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Atualização:

O imposto deve ser recomposto em janeiro, voltando assim às taxas de maio de 2012, quando ocorreu a redução que, no caso dos carros 1.0, caiu de 7% para zero. Desde então, houve dois aumentos parciais e hoje a alíquota está em 3%.

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Mesmo sendo Mantega um demissionário - e seu substituto prestes a ser anunciado -, a Anfavea acredita que ainda poderá arrancar um último benefício do ministro, mas, ao que tudo indica, a visita desta quinta-feira, feriado em São Paulo, mas não em Brasília, foi infrutífera.

Mantega disse que o imposto vai subir em 1º de janeiro, mas não deixou claro quanto. Ou seja, ainda há uma ponta de esperança por parte das montadoras de que a alta seja mais uma vez escalonada.

Em entrevista, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse que Mantega teria dito que o imposto retomará as alíquotas normais - 7% para modelos 1.0, 11% para modelos até 2.0 flex e 13% para a gasolina.

Mas, como esse setor sempre tem uma carta na manga e gosta de anunciar medidas em cima da hora, até para aproveitar uma corrida às lojas, ainda há quem aposte no aumento fracionado.

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A justificativa é a queda na produção, de 16% até outubro ante igual período do ano passado, e os riscos de demissões. As vendas, por sua vez, estão quase 9% abaixo dos resultados de 2013.

Muitas fábricas estão com trabalhadores em lay-off (contratos suspensos por cinco meses). Ao longo do ano, 10 mil postos de trabalho foram fechados, a maioria, segundo Moan, por meio de programas de demissão voluntária (PDVs). Embora a tese seja de voluntariado, na maioria dos casos o funcionário é "convidado" a aderir ao PDV.

 

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