Catequização. A expectativa da CRDC, entretanto, é de que o mercado apresente salto ainda maior com a chegada da duplicata eletrônica, uma das medidas do governo de Michel Temer para baixar os spreads no Brasil. Com ela, o instrumento fica mais forte, já que o registro eletrônico elimina as chances de uso da duplicada em mais de um empréstimo e fraude no lastro. Diante do grande potencial de geração de crédito por meio desse instrumento, o setor se mobiliza, especialmente na expectativa de conclusão, pelo Banco Central, do registro das companhias certificadoras digitais. A própria CRDC aguarda a "bênção" do regulador para atuar no novo ambiente, com o registro eletrônico desses títulos.
Desconfiança. No Brasil, a oferta de crédito com o uso de duplicatas como garantia ainda esbarra na falta de transparência. Sem confiança na origem e lastro desses papéis, os bancos pedem ativos além da própria duplicata, que por si só já seria suficiente para garantir o empréstimo. Assim, dificultam e encarecem a tomada de crédito por parte das pequenas e médias empresas que, nos últimos anos, têm menos portas para pedir empréstimos com a saída de bancos do País.
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