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Bastidores do mundo dos negócios

Almaviva se afasta de televendas e avança em cobrança de dívidas

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Por Elisa Calmon
Atualização:
Tema das fake news ganha importância nas corporações    Foto: Nilton Fukuda/Estadão

A italiana AlmaViva, empresa de relacionamento com clientes e terceirização de processos de negócios, está redirecionando suas operações na América Latina. O plano é que a área de televendas abra espaço para a de cobranças. As mudanças regulatórias recentes para ligações de telemarketing e as altas taxas de endividamento no Brasil justificam o movimento, segundo o CEO, Francesco Renzetti.

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A ideia é reduzir e até eliminar a presença em segmentos mais arriscados e pouco rentáveis e avançar nos que tenham mais perspectivas, evidentemente. Assim, o negócio de televendas deve responder por menos de 1% da receita da AlmaViva na América Latina este ano. Em 2021, chegou a 8% do total.

Setor deve representar 26% da receita este ano

Na outra frente, o setor de cobranças, que respondia por 8,6% da receita da companhia em 2019, deve representar 26% este ano. Um dos motivos é a compra feita em março da CRC, empresa cearense de recuperação de crédito, com faturamento anual de R$ 220 milhões e 4 mil empregados. Com mais de 70% das famílias brasileiras endividadas, o reposicionamento da empresa é acompanhado pela crença de que o mercado de crédito brasileiro tem espaço para crescer.

O reposicionamento da AlmaViva foi motivado por alterações nas "regras de abordagem aos consumidores", segundo Renzetti. Recentemente, as empresas de telemarketing com telefonia móvel passaram a ser obrigadas a usar o código 0303 para realizar chamadas. Para o telemarketing com telefonia fixa, o prazo começará a valer em 8 de junho. Anunciado no ano passado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o código busca facilitar a identificação e bloqueio de ligações.

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Com uma operação forte também em Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), a AlmaViva planeja alcançar R$ 1,5 bilhão em receita líquida neste ano, com um lucro operacional de R$ 300 milhões, na América Latina.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 26/05/22, às 15h42

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