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Bastidores do mundo dos negócios

Endividada, Cemig ganha mais tempo e consegue alongar R$ 3 bi com bancos

A Cemig, que há meses busca alternativas para melhorar sua situação financeira, conseguiu alongar por mais cinco anos uma dívida no montante de cerca de R$ 3 bilhões junto aos principais bancos do País. A negociação teria sido feita individualmente com cada instituição, mas, em geral, as condições do reperfilamento foram as mesmas. Com mais de R$ 4 bilhões em dívidas com vencimento em 2017, a Cemig está quitando parte do que deve com o dinheiro de seu caixa, que tem sido levemente reforçado com a estratégia de desinvestimentos. Em paralelo, a companhia segue avaliando a possibilidade de uma emissão de até US$ 1,5 bilhão em eurobonds, para melhorar o cronograma de vencimentos, pois ainda tem mais R$ 3,9 bilhões a vencer em 2018. A elétrica chegou a testar o mercado externo em maio, mas achou a taxa exigida, de 9% a 9,5% ao ano, alta demais. No entanto, a percepção agora é de que a Cemig terá de pagar mais caro ainda, um retorno de cerca de 10% ao ano.

Por Coluna do Broadcast
Atualização:

Mais desafios. Embora o plano de reperfilamento de dívida esteja avançando, a empresa ainda tem mais um desafio bilionário a enfrentar. Seus sócios na Light já informaram que vão exercer a opção de venda de ações da empresa, que vence no mês que vem, para a própria Cemig e não estariam dispostos a dar novos perdões (waiver) ou aceitar adiamentos, mesmo que o processo de venda da distribuidora carioca esteja em andamento. Essa opção representa um desembolso adicional de cerca de R$ 1,6 bilhão e pode levar a Cemig a acelerar a venda de algum ativo, que pode ser toda sua participação na Taesa. Procurada, a Cemig não comentou. (Com Luciana Collet)

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