Origens Se o plano avançar e o pacote de ações do GPA terminar sendo vendido para vários investidores, a Via Varejo poderia ter como seu maior acionista o empresário Michael Klein, herdeiro do fundador das Casas Bahia. Klein tem 27% da empresa, um porcentual que poderia garantir o poder de apontar nomes para cargos executivos. Optando pela oferta, o GPA conseguiria aproveitar ainda a alta no preço das units da Via Varejo neste ano.
Tic-tac Uma das razões para o Grupo Pão de Açúcar se preocupar em acelerar a venda da Via Varejo tem natureza contábil. Ativos à venda podem ser declarados nos balanços das companhias como uma "operação descontinuada" por apenas um ano. No caso do GPA, essa forma de contabilização passou a ser usada no final de 2016 e ajudou a melhorar os resultados. Outra questão é que a reconsolidação da companhia afetaria, ainda, os covenants - cláusulas contratuais de títulos de dívida - do Casino, controlador do GPA.
Outro lado
Hoje o Grupo Pão de Açúcar negou que exista qualquer tipo de estudo para a realização do follow on como forma de vender a sua participação na Via Varejo. Ontem, quando foi procurada, a empresa afirmou apenas que o "processo está sendo conduzindo de forma a buscar o melhor equilíbrio entre 'timing' e maximização de valor para os seus acionistas".
(com Dayanne Sousa)
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