Sem retrocesso Embora a mais nova crise política tenha colocado em compasso de espera diversas negociações de fusão e aquisição em andamento, o acordo entre Shanghai e Eletrosul, não haverá retrocesso. O raciocínio é que para quem já fez todos os passos de due dilligence e está assumindo uma concessão de 30 anos, a crise não atrapalha muito.
Prevenidos Os chineses, inclusive, já teriam precificado o risco de turbulências políticas e econômicas no País. Não é para menos, desde que começou a analisar o ativo, no primeiro semestre do ano passado, os chineses já viram o impeachment de Dilma Rousseff, o recrudescimento da crise econômica e três mudanças na presidência da Eletrosul.
Chamada pública O projeto em questão é composto por 2.169 quilômetros de linhas de transmissão e 21 subestações, sendo 8 novas e 13 ampliações de instalações existentes. A Eletrosul arrematou o lote em leilão de 2014 ao oferecer um deságio de 14,01% em relação à receita máxima permitida, mas em meio à dificuldade financeira do grupo estatal, a empresa abriu uma chamada pública para selecionar um investidor interessado na concessão.
Prestadora A Shanghai deve assumir 100% do projeto durante sua fase de obras, e a Eletrosul poderá atuar como prestadora de serviços para a chinesa. O termo de compromisso acertado prevê que quando o empreendimento estiver em operação, a Eletrosul terá prioridade para adquirir até 25% da concessionária. (Luciana Collet)
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