A inflação em 12 meses divulgada nesta quarta-feira, 8, ficou acima da meta de 6,50%. No ano, está acumulada em 4,61%, acima dos 3,79% do mesmo período no ano passado. A primeira conclusão óbvia a que se chega: o governo tem dificuldades em conter o ritmo de alta dos preços. Mas, se escarafuncharmos os dados, podemos tirar mais algumas conclusões, por assim dizer, alternativas (ou estúpidas mesmo) sobre os preços no Brasil.
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À elas:
1. Não fique bêbado em bares - prefira fazer isso na sua casa!
Beber cerveja está mais caro em qualquer lugar. Mas, neste ano, quem optou por encher a cara nos botecos gastou um pouco mais. Apesar de outros atrativos nas ruas, beber cerveja fora de casa ficou 6,28% mais caro. Em casa, 5,61%.
2. Quem come muito bife acebolado pode ficar mais pobre!
Entre os produtos pesquisados pelo IBGE, nada ficou mais caro que a cebola neste ano: 32,89%. As carnes também estão cada vez mais caras em 2014: subiram 12,23% entre janeiro e setembro.
3. As pessoas têm preguiça de picar frangos!
No ano, o preço dos frangos está abaixo da inflação média acumulada. Mas, quando comparamos a variação de preço do alimento picado ao do inteiro, podemos concluir que pouca gente está disposta a picar um frango. Enquanto o frango inteiro ficou 0,67% mais barato, o vendido em pedaços ficou 3,03% mais caro. Ou seja, as pessoas parecem dispostas a pagar mais pelo segundo.
4. Leite com manga não mata, mas empobrece!
Há uma antiga lenda urbana que garante: comer manga batida com leite mata o sujeito. Balela. A explicação para a lorota vem do tempos da escravidão. Os senhores coloniais não queriam que os escravos bebessem leite e comessem as mangas e espalharam a notícia. Enfim, mas se não mata, ficou bem mais caro: enquanto o leite longa-vida encareceu 5,02% até setembro, o preço das mangas avançou 31,3% - é o terceiro produto que ficou mais caro em 2014.
5. Está mais caro sentir frio se você for homem!
Em geral, os preços dos agasalhos têm caído neste ano. Mas as mulheres tem mais sorte. A queda dos gastos para as vestimentas femininas neste ano é de 5,56%. No caso dos homens, a queda dos preços é de 2,39% até setembro; para as crianças, 1,34%.
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