Os principais erros que as pessoas costumam cometer quando jovens dizem respeito aos investimentos. E isso costuma vir de berço. A caderneta de poupança, apesar de todo o avanço do mercado financeiro, concentra boa parte da renda do brasileiro. Em muitos casos, é até a única aplicação.
Nos últimos tempos, com a queda dos juros e, por consequência, da rentabilidade (atualmente a poupança rende 70% da Selic), ficou mais evidente que o retorno ia de mal a pior. Vale lembrar também que em 2015 a inflação galopante que fechou o ano com uma alta acumulada de 10,67% fez muitos investimentos terem perda real frente à alta dos preços, inclusive a tradicional poupança.
Apesar de ser um investimento, a poupança é uma má aplicação visto que hoje há opções mais líquidas e tão seguras quanto. Aos 20 e poucos anos, porém, costumamos restringir o investimento ao que é conhecido (poupança), ao que os nossos pais fazem. Mas aplicar na poupança significa que você está praticamente somando as reservas, mas não multiplicando o valor de uma maneira inteligente.
Outro equívoco dos jovens é adiar o investimento por achar que a aplicação e diversificação só vale a pena quando a renda for maior. Quando se tem 20 anos, fase do início da vida profissional, a renda costuma ser baixa. Mas tão importante quanto o valor que você investe é a regularidade. Ao invés de esperar somente o 13º salário ou alguma renda extraordinária para investir de uma vez, o mais indicado em finanças é adquirir o hábito de economizar e investir mês após mês.
Até no quesito renda há aprendizados. Já parou pra pensar por quantos anos você fica restrito a somente uma fonte de renda? Quando se é jovem, a pessoa tem disposição. Conseguir um segundo emprego ou freelas com certeza vai fazer com que o objetivo financeiro que o investidor quer alcançar seja atingido mais rapidamente. Porque quando se quer juntar R$ 1 milhão, R$ 2 milhões, ..., a meta envolve esforço. E é uma questão de escolha ter esse custo quando se é jovem ou na fase mais velha a um preço bem maior.