Um dos primeiros pontos de atenção é reler o contrato antigo, aquele da dívida que fez o consumidor se enrolar. Uma opção é repassá-lo para algum amigo advogado ou economista. Não são poucas as vezes em que os cálculos dos juros estão equivocados ou mesmo em que estão sendo cobradas taxas irregulares ou abusivas. Esse primeiro cuidado pode fazer com que a dívida já diminua de cara, sem você nem ter ido para a mesa de renegociação.
Além de saber em que terreno está pisando, é necessário fazer contas de quanto está disposto a pagar. É preciso que o endividado, por mais que ele se sinta em uma situação vulnerável, tenha as rédeas da vida financeira e não só aceite a proposta que vem do outro lado da mesa. Recomenda-se que o endividado comprometa entre 15% e 20% da renda com o pagamento de dívidas, incluindo está da renegociação.
Outro passo na renegociação vale para diversas áreas da economia: pesquisar taxas. Não a taxa de juros, mas o Custo Efetivo Total (CET), que inclui os juros e taxas administrativas. Não é pouca a diferença entre as taxas cobradas em diferentes instituições. A pesquisa ajuda o consumidor de duas formas:
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- Parâmetro na negociação: agora, ele já sabe até quanto tem de negociar para que o acordo valha a pena, não irá aceitar o primeiro desconto irrisório que lhe for oferecido.
- Plano B: caso o credor (banco ou financeira) seja inflexível em diminuir a dívida, a pessoa já sabe que consegue algo mais barato no mercado. Contratar o empréstimo com juros baixos, pagar a dívida antiga e passar a dever menos juros é uma boa opção.
Também vale uma atenção especial em tentar diminuir não só a taxa de juros da dívida, mas cortar serviços do contrato, como seguros. Negociar pessoalmente, se valorizar na negociação, se mostrar disposto, não fechar nada na hora... são todos pontos importantes para um ótimo negócio. Falamos de todos esses cuidados no vídeo do Econoweek acima!