Mulheres homossexuais ganham mais que as heterossexuais. E os homens gays, ao contrário, tendem a receber holerites menos gordos que os seus concorrentes heteros. Essa é a conclusão de um estudo recentemente divulgado pelo Banco Mundial, um levantamento que coloca EUA e Alemanha no topo dessa distinção entre profissionais do mesmo sexo, mas com orientação sexual distinta.
A pesquisa foi realizado em países providos de leis contra discriminação com base na orientação sexual e, por isso, o Brasil não participa da base de dados.
Dentre os analisados, foram estudados mercados como dos Estados Unidos, onde uma lésbica ganha em média 20% mais que as demais. O mesmo se repete na Alemanha (11%), Canadá (15%) e Inglaterra (8%). Já entre os trabalhadores do sexo masculino, os gays recebem 16%, 9%, 12% e 5% menos que os heterossexuais, nos respectivos países.
Em entrevista ao jornal The Telegraph, o especialista Nick Drydakis, um dos autores da pesquisa, afirmou que uma provável explicação para tamanha discrepância entre mulheres envolve a confiança do empregador.
Assumindo-se homossexuais, as empresas acreditam que elas têm menos chances de incorporar compromissos tradicionais do gênero, como casamento, filhos e responsabilidades domésticas.
"Lésbicas também vencem com escolhas direcionadas às suas carreiras, como ficar por mais tempo na escola, escolhendo graduações que propiciem liderança e salários mais altos, além de trabalharem mais horas", destaca o especialista. "Elas também tendem a se posicionar em ocupações dominados por homens e que oferecem rendimentos mais altos"
Quanto aos homens, Nick Drydakis diz que não consegue encontrar outra explicação que não o preconceito "A diferenciação entre os salários de homens homossexuais e heterossexuais não é explicada por diferenças em níveis educacionais, experiência profissional ou tipo de ocupação. (Os baixos salários) são geralmente interpretados com uma evidência da discriminação no mercado de trabalho", conta.