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Da City Londrina

Barclays: Usar reservas pode gerar fuga de capitais e risco de o Brasil ficar sem dólares

LONDRES - O banco Barclays realizou estudo sobre a proposta do PT de uso das reservas internacionais para ajudar a economia brasileira. Responsável pelo relatório, o economista Bruno Rovai cita que, no limite, usar um terço desse montante poderia iniciar um movimento de fuga de capitais e fechamento do mercado externo de crédito para o Brasil. Assim, no pior cenário, o Brasil poderia chegar ao fim do ano sem reservas internacionais.

Por Fernando Nakagawa e Twitter @fnakagawa
Atualização:

"Nós acreditamos que não só essa política não teria sucesso como também poderia aumentar a preocupação sobre a solvência externa do Brasil levando a uma saída de capitais em magnitude que, em um cenário extremo, poderia deixar o país com escassez de reservas sem reversão", diz o estudo.

 

 Foto: Estadão

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Erro. Barclays diz que problema é confiança e não crédito

 

O economista diz que o movimento de saída de estrangeiros - que já é visto de alguma maneira - poderia ser acelerado rapidamente caso aumentem as preocupações sobre a solvência do País. Nesse caso, investidores brasileiros engrossariam a fuga do dinheiro com a busca por investimentos no exterior. Assim, o movimento se retroalimentaria.

Zero. Brasil fica sem dólares no pior cenário Foto: Estadão

Para entender potenciais efeitos do uso das reservas internacionais, o economista projetou o impacto dessa medida sobre o fluxo de capitais e a taxa de rolagem da dívida externa. Com três diferentes graus de impacto sobre cada um desses itens, Rovai projeta que os cenários mais negativos poderiam ter queda das reservas do atual patamar próximo de US$ 370 bilhões para valor que poderia variar entre US$ 154,4 bilhões a zero - no pior caso, com necessidade de tomar emprestado US$ 34,3 bilhões para cobrir a fuga de dólares.

Trecho de reportagem publicada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado

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