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Opinião|Olhe para 2030

Atualização:

As coisas têm mudado de forma acelerada e sem precedentes em nossas vidas, modo de fazer negócios e na economia. Fica confuso, não? Pode ser paralisante na hora de tomar decisões. Certamente o passado e o que conhecemos pouco nos ajudam a prever ou decidir sobre o futuro. Em cada aspecto da vida estamos nos deparando com uma gama de desafios complexos sensíveis que pedem respostas extraordinárias e uma liderança criativa.

Compilo abaixo algumas vozes sanas e insanas que ousam falar de megamudanças para o futuro. Há mudanças iminentes, num futuro nem tão distante, que pedirão novas estratégias de negócios e de marketing.

 

Estas pessoas acreditam que há 6 megamudanças que podem se combinar exponencialmente:

 

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Tecnologia

 

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Computação Infinita:a confluência de 3 tendências: aumento exponencial na disponibilidade de potencial computacional; acesso rápido a este potencial, e queda drástica do preço para este potencial computacional.  Ray Kurzweil, Chefe Futurista do Google ( está aí o tipo de CFO, Chief Futurist Officer, que eu gostaria de ser) prevê que um computador de USD$ 1000,00 será equivalente ao potencial de processamento do cérebro humano e que teremos Inteligência Artificial em nível humano antes de 2030.  Você está de olho nisto? Como isto pode afetá-lo?

 

Super-Inteligência Artificial (IA):há um exército de P&D dedicado a desenvolver IA nas gigantes de tecnologia pelo mundo. Siri, Google Now, Jarvis e Watson estão na virada de frustrantes para eficientes. A IA em breve pode se tornar a ferramenta de colaboração humana mais importante já criada, ampliando e amplificando nossas habilidades e oferecendo uma interface mais simples para todas tecnologias. A tendência é que todas as interfaces humano-computador sejam via linguagem natural (falada) e que a diferença entre a linguagem humana e a da máquina seja indistinguível.

 

Sensores & Networks: em 2030 nossos smartphones terão +30 sensores embutidos, medindo tudo em relação ao usuário e seu ambiente. Em breve todos os itens fabricados também estarão conectados. Todos aparelhos em casa e no trabalho - telas, termostatos, eletrodomésticos, computadores, carros - conectar-se-ão automaticamente, sem fio, com o smartphone como uma central. Você não precisará tomar decisões conscientes sobre como conectar sua lavadora - quando ela terminar de lavar sua roupa você será notificado em seu telefone.

 

Robótica: graças à convergência entre Inteligência Artificial, sensores por toda parte, tecnologias atuadoras e o desejo e motivação humanos em reduzir trabalho manual frustrante, estamos investindo em uma revolução robótica. Os robôs eram tradicionalmente empregados onde o trabalho era chato, perigoso ou sujo (automação industrial, por exemplo). Num futuro próximo, robôs serão usados em tarefas que requerem paciência e precisão - cirurgias de alta precisão ou cuidados para idosos. As implicações para as carreiras e trabalho são profundas. Estaremos talvez mais próximos da tensão gerada pelo dilema capitalista, em que a inovação e produção aumentam, mas os empregos diminuem.

 

Impressão 3D: mais corretamente conhecida como Manufatura Aditiva, este é o processo de impressão, camada após camada, de qualquer objeto tridimensional com base em um arquivo digital. Impressão 3D transforma o processo de manufatura: customização e complexidade vêm no esteio e produção customizada em lagra escala não será problema. Impressão 3D reduz custos, usa em torno de 10% da matéria prima de processos de manufatura tradicionais e elimina a necessidade de estoque. Canalys e  PwC preveem que o mercado de Impressão 3D crescerá para US$16.2 bilhões em 2018. Se a impressão 3D for tão disruptiva para a manufatura quanto os especialistas preveem, os custos com propaganda podem bem ser muito maiores que o custo de produção.

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Realidade Virtual e Aumentada: desde Google até Microsoft e Samsung e HTC, as gigantes de tecnologia já investiram mais de USD$5 bilhões em Realidade Virtual e Realidade Aumentada. Estes desenvolvimentos mudarão o foco das propagandas da obsessão com o aspecto visual da propaganda para o aspecto da sensação que a propaganda causará.

Seres humanos

Em paralelo a toda essa megamudança na tecnologia, há uma megamudança acontecendo também na sociedade. Há uma grande mudança na mentalidade do consumidor.

 

Estamos vendo as seguintes mudanças sociais:

  • Do foco em ciencias, Tecnologia, Engenharia e Matemática para Criatividade, Originalidade, Reciprocidade, Empatia e Intuição;
  • De um mundo Racional, Lógico, Previsível para um mundo Randomizado, influenciado, dirigido e motivado por Empatia e Emoções;
  • De uma visão de mundo mecanicista para uma Ecológica;
  • Da Competição e Manipulação para a Colaboração e Solução de Problemas;
  • De estruturas de Comando & Controle Hierárquico a círculos, enxames e redemoinhos, como já descrevemos no post http://economia.estadao.com.br/blogs/lentes-de-decisao/navegando-a-complexidade/;
  • De um vício por Eficiência, Redução de Custo, Rapidez e Lucro para Conexão, Fomento e mesmo Amor.

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Como estas megamudanças afetam os negócios?

Tentar prever o future de qualquer setor de negócios não diretamente ligado a quaisquer das tecnologias que estão dobrando em número, se metamorfoseando e se recombinando é um desafio gigante. Nosso futuro é tanto excitante quanto imprevisível.

 Foto: Estadão

Fonte: Social Effect

 

Estamos perdendo nossa privacidade individual mas começamos a ver o valor inerente de nossos dados e informações digitais. A tendência é nos sentrmos conectados, preferindo abertura, compartilhamento e confiança nas nossas transações com empresas, esperando o mesmo em troca.

Enquanto usuários de tecnologia, nós conscientemente ou não aceitamos trocar nossos dados pessoais pelo privilégio de usar serviços gratuitos:Google, Twitter, Facebook, LinkedIndentre tantos mais. Nós nos tornamos o produto.

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Ultimamente, porém, há uma mudança para coleta de dados mais seletiva, bem como um compartilhamento também mais seletivo. De alguma maneira estamos aprendendo dentro deste novo mundo de super exposição da individualidade. As pessoas estão construindo seus portfolios de dados pessoais com informações biográficas e biológicas, habilidades eexperiências, histórico profissional, preferências, avaliações de desempenho e de personalidade e outras informações pessoais úteis. O perfil no LinkedIn é um exemplo deste tipo de portfolio. Em um futuro próximo, as pessoas terão acesso a Troca de Dados Pessoais, em que seus dados pessoais podem ser monetizados, em lugar de estes mesmos dados pertencerem e serem controlados  e vendidos pelas gigantes de tecnologia.

Enquanto consumidores, filtraremos mais ainda propagandas massificadas irrelevantes. Potencialmente as agencias de propaganda terão que mudar sua estratégia de público alvo para contexto/circunstância/momento certo. Por exemplo, uma notificação via celular, altamente específica, desencadeada por uma combinação complexa de dados pessoais, localização e ambiente.  A Troca de Dados Pessoais e os chatbots serão a forma dos consumidores filtrarem ou permitirem comunicação com marcas.

Potencialmente em 20 anos as empresas mais bem sucedidas terão evoluído para estar a serviço da sociedade. Servir virá antes de vender, que culminará no resultado desejado pelo consumidor.

A atual onda é o marketing de conteúdo, que informa, educa e inspira. A próxima grande mudança será extratir em massa  da Troca de Dados Pessoais para determiner padrões e prever necessidades, desejos, tendências futuras e responder aos mesmos de formas úteis, significativas e relevantes.

 

E aí?

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Como este futuro soa para você ? Eu gostaria de suas opiniões e considerações!

 

claudia@ikigai.etc.br

 Foto: Estadão
Opinião por Claudia Miranda Gonçalves
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