O brasileiro é receptivo às novidades na área de comunicação. Há fartura de exemplos. Mal foi lançada e a rede social Orkut virou domínio nativo. Situação que se repetiu com a rede de microblogs Twiter, que tem os brasileiros entre seus maiores usuários. A pesquisa "Como o brasileiro percebe e avalia a propaganda" mostra que 69% do universo entrevistado declaram estar expostos à propaganda de produtos ou serviços frequentemente. E, o que deve soar como música para as agências de publicidade - elemento que podem explorar para convencer anunciantes a pôr à mão no bolso e investir em mídia -, na percepção dos entrevistados a propaganda tem caráter informativo (66%), persuasivo (25%) e econômico (10%).
Somente 7% das pessoas consideram a influência da propaganda negativa. Questionados sobre a vida sem a propaganda, 42% dos brasileiros apontam um mundo pior: "mais monótono", "chato" e "perdido". Para a Abap, que vem se empenhando firme e forte em combater os mais de 300 projetos de lei que políticos querem ver aprovados para combater a propaganda, a pesquisa torna-se uma arma importante. Aliás, a maior queixa dos entrevistados recai justamente sobre a propaganda política, eleitoral e partidária. Ela não é bem avaliada pela população: 76% reprovam, sendo que 57% dos entrevistados não gostam nada e 19% não gostam muito deste tipo de publicidade.
Foram realizadas duas mil entrevistas domiciliares entre 24 de outubro e 2 de novembro de 2009. Foram ouvidos homens e mulheres de 16 a 69 anos, das classes ABC, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Distrito Federal, Fortaleza, Recife e Salvador.