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Moeda perdeu 81% do poder de compra desde o início do Plano Real

Nota de R$ 100 hoje tem poder aquisitivo equivalente a R$ 18,67, segundo levantamento do Instituto Assaf

Por Yolanda Fordelone
Atualização:
 Foto: Estadão

A perda do poder de compra significa que com uma mesma quantia de dinheiro (no caso, R$ 100), o consumidor consegue comprar uma cesta bem menor, porque os produtos ficaram mais caros.

Para chegar ao tamanho da perda, o Instituto Assaf realizou o cálculo considerando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, de 435,49%. Trata-se do valor presente do papel moeda, que, segundo o instituto, nada mais é do que a real capacidade de compra do dinheiro, se descontada a inflação do período.

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Segundo o levantamento, a nota de R$ 100 perdeu metade do poder de compra em seis anos. A nota lançada em 1994 a R$ 100 valia R$ 50,93 em 2000. As maiores quedas ocorreram no início do Plano Real, justamente pela inflação apresentar altas ainda muito elevadas. Em 1994, o IPCA fechou em 18,57% e em 1995, 22,41%.

Quando calculada a queda do valor de outras notas e moedas, a perda também surpreende. Uma nota de R$ 50 vale R$ 9,34, uma de R$ 20, R$ 3,73, e assim por diante.

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Nota Poder de compra atual
R$ 100,00 R$ 18,67
R$ 50,00  R$ 9,34
 R$ 20,00  R$ 3,73
 R$ 10,00  R$ 1,87
 R$ 5,00  R$ 0,93
R$ 2,00  R$ 0,37
 R$ 1,00  R$ 0,19
 R$ 0,50  R$ 0,09
 R$ 0,25  R$ 0,05
 R$ 0,10  R$ 0,02
 R$ 0,01  R$ 0,00

Contra o efeito inflacionário, o consumidor tem algumas opções, segundo o pesquisador do Instituto Assaf, Fabiano Lima. "Para se proteger, há investimentos em títulos públicos e na própria renda fixa", afirma Lima. No caso do Tesouro Direto, não há histórico desde 1994, mas o CDI - taxa que baliza boa parte da renda fixa - rendeu quase 665% no período. Ou seja, a pessoa não só se protegeria como conseguiria ter um ganho.

O CDB, por não pagar sempre a taxa de 100% do CDI, rendeu menos: 401%. "A diferença pro CDI se dá justamente pela quantia que a pessoa investe. Há bancos que pagam 80%, 90% do CDI e outros que podem ultrapassar os 100%", diz o pesquisador.

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A única aplicação que perdeu para a inflação foi o dólar, que no período teve perda de 22%. "Apesar da alta recente, o dólar não conseguiu repor as perdas no passado. O período da pesquisa é grande, houve muita volatilidade", justifica Lima.

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