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Viagens e Transportes Aéreos

Voos atrasam porque passageiros se recusam a sentar ao lado de mulheres

Ocorrências repetidas nas últimas semanas motivaram uma petição exigindo o fim do "assédio, intimidação e discriminação contra as mulheres" nos voos da companhia aérea israelense El Al

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Os episódios inspiraram um vídeo que ironiza o que os passageiros podem esperar quando embarcam em uma companhia aérea israelense. Foto: Estadão

Passageiros de companhias aéreas dos Estados Unidos com destino à Terra Santa enfrentaram vários atrasos nas últimas semanas. Os motivos são incidentes no aeroporto com passageiros do sexo masculino ultraortodoxos que se recusam a sentar ao lado de mulheres.

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Segundo relato do site da CNN, os incidentes ocorreram nas últimas semanas no aeroporto JFK, em Nova York, em voos com destino ao aeroporto Ben Gurion, o maior de Israel e um dos mais seguros do mundo.

Diante da recusa de religiosos ortodoxos de sentar-se nos assentos ao lado de mulheres, os comissários de bordo tiveram de encontrar outro lugar, provocando atrasos na decolagem. Em um voo em setembro, o atraso causou preocupações em parte dos passageiros que queriam chegar em casa a tempo de comemorar o 'Rosh Hashaná', o ano-novo judaico.

A ativista feminista Elana Sztokman narrou seu 'horror e humilhação' quando um passageiro recusou-se a sentar ao lado dela e só aceitou viajar quando outro passageiro aceitou trocar de lugar para resolver a situação.

Não se trata se um fenômeno novo, mas as ocorrências repetidas nas últimas semanas motivaram uma petição exigindo o fim do "assédio, intimidação e discriminação contra as mulheres" nos voos da companhia aérea El Al.

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Os episódios inspiraram um vídeo que ironiza o que os passageiros podem esperar quando embarcam em uma companhia aérea israelense.

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Um voo da Delta também foi adiado em mais de uma hora no início de outubro depois que vários passageiros ortodoxos chegaram a pedir para desembarcar caso não pudessem viajar em poltronas que não tivessem uma mulher sentada ao lado.

A companhia aérea israelense El Al, que faz até 22 voos entre as duas cidades por semana, emitiu um comunicado informando que seus funcionários "estão tentando o seu melhor para responder a todos os pedidos de qualquer um dos passageiros", e que eles fazem "todo o esforço possível para assegurar voos tão agradáveis quanto possível, fazendo o máximo para manter horários e chegar com segurança ao destino".

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