(Fernando Scheller)
Seguindo sua tradição de lançar produtos extraídos da flora brasileira, a Natura colocará no ar hoje a campanha sobre uma nova variedade produzida para linha Ekos: cremes, hidratantes e sabonetes feitos a partir da ucuuba, um fruto da região amazônica.
O filme, que terá versões de 15 e 30 segundos, foi idealizado pela agência Taterka. O que o espectador vai ver na televisão não difere muito da linguagem da comunicação atual da Natura, líder na produção de cosméticos do País. A música Chame Que Vem, interpretada pela cantora Céu, continuará a embalar imagens que celebram a beleza da mulher brasileira.
Como ocorre em outros comerciais da marca que já estão no ar, a empresa usa o produto para promover tanto a venda por catálogos como o recente canal de e-commerce da marca, o Rede Natura.
A diferença, neste caso, é que o filme fala especificamente sobre a ucuuba. E como a proposta é mostrar também a origem do produto - que ainda é desconhecido do grande público -, a produção teve de se deslocar até o interior do Pará para as filmagens, que se estenderam por dois dias.
Trajeto. A produção foi até a Ilha de Cojutiba, a duas horas de barco de Belém, para mostrar as árvores de ucuuba. A equipe teve de ir floresta adentro para captar a "essência" do produto. Como a ucuuba é muito delicada e se decompõe muito rapidamente, não seria fácil transportá-la para São Paulo para que o espectador pudesse ser apresentado ao novo "achado".
Como o fruto foi escolhido pela marca como matéria-prima da nova linha justamente por seu poder de hidratação, a equipe teve de lidar com o "humor"muito próprio da ucuuba. No comercial, o fruto é mostrado caindo em água transparente. No entanto, a cada tomada, era preciso substituir os produtos, já que a manteiga de ucuuba deixava a água esbranquiçada em poucos segundos.
De acordo com a Natura, o fruto, que é produzido em Cojutiba, traz um diferencial em relação a outros princípios ativos: a semente de ucuuba, segundo a marca, produz uma substância capaz de manter a pele hidratada por 48 horas.
A empresa afirma ainda que as ucuubeiras correm risco de extinção por causa da exploração da madeira na região. É por isso que a empresa trabalha com a população local para fomentar a exploração sustentável do produto.