A campanha - que, naturalmente, não ganhou prêmio algum - adota um recurso que está na moda entre as agências atualmente: criar um "evento" para o cliente.
No caso, um pássaro voador - na verdade, uma drone disfarçado - capaz de jogar protetor solar sobre as crianças desprotegidas em uma praia. Junto com o pássaro gigante que sobrevoava a praia, a agência também desenvolveu um método para detectar a deficiência de protetor solar na pele dos pequenos. "Basicamente, a ideia é: um pássaro que defeca protetor solar nas crianças", definiu Hegarty.
"Isso está, sem nenhuma dúvida, no limiar do que há de mais novo na integração entre tecnologia e marcas. Acho que eles também deveriam fazer uma parceria com o Instituto Nacional dos Cegos, pois, com o risco de a gaivota jogar o protetor solar diretamente nos olhos das pessoas, e é claro que, depois disso, todos os participantes precisarão de atenção especial."
A ideia de usar uma gaivota para ajudar as pessoas - que recebeu o sugestivo título de Cuidado Vindo do Ar - foi comparada por Hegarty a um esquete do grupo britânico de humor absurdo Monty Python.
O resultado ruim parece ter sido comunicado à agência responsável pelo desenvolvimento da gaivota mecânica e pela produção do filme para a Nivea. Ao site americano Advertising Age, a alemã Jung von Matt/Elbe disse apenas que a área de relações públicas do cliente não está disposta a promover a campanha; por isso, a própria agência também prefere não falar muito sobre ela.