Com ajuda do poder de mobilização das redes sociais - Victoria Beckham, que participou do grupo e hoje é estilista e mulher do jogador de futebol David Beckham, compartilhou o vídeo em sua página no Facebook -, o clipe estrelado por meninas que representam mulheres de todas as partes do mundo chegou, ontem, a mais de 53 milhões de visualizações.
Com a hashtag "What I Really Really Want" ("o que eu realmente quero", uma das linhas mais repetidas da canção), foram promovidas metas como o fim da violência contra a mulher, o acesso à educação por meninas de todo o mundo, o fim do casamento infantil e o pagamento igualitário para trabalhos que exijam a mesma qualificação.
Metas. De acordo com a ONU, esses temas são vistos como prioritários no que se refere à igualdade de gêneros porque cerca de 31 milhões de meninas em idade para o ensino primário estão fora da escola. Somente em três países, há mais de 1 milhão de meninas sem acesso à educação: são 5,5 milhões na Nigéria, mais de 3 milhões no Paquistão e mais de 1 milhão na Etiópia.
No caso da equiparação de salários, o cálculo é de que as mulheres recebam, na maioria dos países, entre 60% e 75% do que os homens ganham para o mesmo tipo de serviço. Dados mostram que a educação é essencial para o acesso de mulheres a empregos. No Brasil, só 37% das mulheres que não completaram o ensino básico têm acesso a trabalho. O índice chega a 50% entre as que completaram o ensino fundamental.