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Startups brasileiras mostram trabalhos no Lions Innovation

Empresas iniciantes de Recife e do Rio mostraram seu trabalho em evento paralelo ao Cannes Lions

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Por Economia & Negócios
Atualização:

Fernando Scheller, enviado especial a Cannes

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O Lions Innovation, evento paralelo ao Cannes Lions - Festival Internacional e Criatividade, tem a proposta de trazer o que há de mais novo no mundo da tecnologia. Neste ano, cerca de 60 empresas de todo o mundo foram selecionadas com ajuda dos parceiros globais do festival - entre eles o Estadão - para mostrar soluções que têm potencial de trazer novas ferramentas ao mundo da comunicação e do marketing. Duas companhias representaram o Brasil.

A NeuroUp, criada no Porto Digital, conhecido polo de inovação pernambucano, promete reduzir os custos das pesquisas com neurociência a 10% do valor praticado atualmente. "Hoje, dependendo da complexidade, o custo de uma pesquisa pode variar de R$ 50 mil a R$ 200 mil", explica Ubirakitan Maciel, sócio da empresa.

NeuroUp planeja reduzir custo de pesquisas Foto: Soraia Ursine/Estadão

Neuromarketing. A companhia começou a trabalhar em uma solução para neuromarketing no ano passado. Para pesquisas rápidas, que só mapeiam algumas ondas cerebrais, o resultado pode sair em algumas horas. A ideia da NeuroUp é realizar desde propostas simples - como a reação de espectadores a filmes publicitários - até tarefas mais complexas, como o desenvolvimento de produtos a partir das sugestões de consumidores.

Além da tradicional touca que capta as ondas cerebrais, Maciel e o sócio Diogo Jardim também desenvolveram um software que permite a visualização dos resultados em tempo real. "Na nossa solução mais completa, o cliente pode visualizar uma imagem em 3D completa do cérebro", diz Jardim.

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TV e digital. Pernambucano radicado no Rio de Janeiro há 20 anos, Romildo Lucas de Mattos Júnior criou a TV Data com a ajuda do filho. Ele veio a Cannes para mostrar a solução que permite que empresas disparem anúncios digitais em sites e redes sociais no momento em que sua campanha de TV está sendo exibida. "Muita gente usa a segunda tela. Então, se a pessoa vai para o celular, o mesmo anunciante também estará lá", explica Mattos Júnior.

Além de fazer o disparo sincronizado de anúncios em diferentes plataformas, a TV Data também permite que as empresas reúnam outros tipos de informação que podem ser úteis na hora de definir uma estratégia de mídia.

Ao acompanhar as principais palavras-chave que são ditas em programas de televisão sobre esportes, por exemplo, uma marca pode se encaixar no diálogo sobre o tema de forma mais natural.

Investimentos. Ambas as empresas estão na fase de busca de capital novo. A NeuroUp, após a incubação, recebeu recursos da Facepe (entidade de fomento de Pernambuco) e do Serviço Nacional da Indústria (Senai). Agora, a startup se prepara para a segunda rodada de investimentos.

Incubada na PUC-Rio, a TV Data foi construída, até o momento, com o dinheiro dos fundadores. Depois de participar do Lions Innovation, em Cannes, Mattos Júnior terá uma passagem por Nova York para reuniões com dois potenciais investidores.

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Com o objetivo de captar US$ 750 mil para o negócio para expandir seu conceito, Mattos Júnior também contratou um consultor para ajudá-lo a apresentar sua empresa a fundos de venture capital de São Paulo.

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