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Opinião|Computação em nuvem dinamiza mercado de trabalho na área de TI

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(Foto: Sérgio Zacchi/Divulgação GVT.)

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GUSTAVO COLTRI

Conjuntos de servidores espalhados pelo mundo, em ambientes refrigerados e onde a circulação de pessoas é restrita, estão transformando a rotina de profissionais de TI no Brasil. A computação em nuvem ganha espaço na vida dos usuários, em serviços básicos como os de e-mail, por exemplo, onde podemos guardar informações para depois acessá-los, inclusive com smartphones, em qualquer lugar. Nas empresas, essa tecnologia passou a ser utilizada, além dos e-mails, para fins estruturais como o de armazenamento de registros internos.

Com o objetivo de reduzir custos com maquinário e pessoal para a gestão de dados digitais, as companhias passaram a reduzir a estrutura tecnológica nas suas dependências e a terceirizar o armazenamento de informações, contratando os serviços de empresas capazes de realizar essa tarefa via internet, à distância - ou, em outras palavras, na nuvem.

"O movimento de terceirização vem ocorrendo há muito tempo, mas está sendo facilitado pelo cloud computing (como a tecnologia é conhecida em inglês)", diz o gerente executivo de TI da empresa de recrutamento Talenses, Henrique Gamba. Segundo ele, a vida dos profissionais de tecnologia tem mudado em duas frentes: nos tomadores dos serviços na nuvem, ou o conjunto de empresas cujo cerne do negócio não é TI, e nos prestadores, ou as companhias especializadas na área.

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Nas organizações comuns, os trabalhadores deixaram o isolamento técnico e estão cada vez mais próximos do gerenciamento. "Eles se transformaram em gestores dos contratos com os fornecedores (da infraestrutura técnica). Falam de negócios, de como a tecnologia ajuda o negócio a crescer, propõe novas soluções, gerenciam todas as demandas de tecnologia."

Jonas Jeremias, de 36 anos, é superintendente de operações da empresa de financiamento imobiliário Credipronto e chefiou o processo de migração dos procedimentos de concessão de crédito para a nuvem - medida que reduziu pela metade o tempo de contratação dos empréstimos, antes nos 25 dias.

"No começo da empresa, usávamos servidor próprio, mas, quando crescemos, resolvemos ir para a nuvem. Agora, conseguimos ganhar escala sem perder performance." A empresa tem contrato com duas gigantes americanas para hospedar seu sistema e para garantir a infraestrutura de comunicação dos seus colaboradores.

"A maturidade de TI das empresas evoluiu. Hoje, elas têm muitas vagas para gerentes e coordenadores de operações. Um bom profissional pode ganhar de R$ 12 mil a R$ 18 mil por mês", diz o diretor executivo da área de TI da empresa de recrutamento Michael Page, Lucas Toledo. A experiência com os fornecedores é valorizada pelos contratantes, segundo ele, além da capacidade de uma visão ampla dos negócios e de um comprovado conhecimento nas novas tecnologias.

Do lado das prestadoras de serviço, a expertise técnica tem sido cada vez mais bem remunerada. Há oportunidades em diversas áreas, de acordo com o especialista, para posições como arquitetos de sistemas e de infraestrutura e gerentes seniores de bancos de dados. As remunerações variariam, dependendo do cargo, dos R$ 9 mil aos R$ 17 mil mensais. "Normalmente, são profissionais jovens, entre 30 e 40 anos, que falam inglês e, muitas vezes, têm MBA", ressalta Toledo.

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Os grandes desenvolvedores de tecnologia oferecem cursos de qualificação para os trabalhadores de TI a cada inovação levada ao mercado. A multinacional EMC, voltada para a criação de sistemas de armazenamento, segurança e proteção das informações na nuvem, tem uma divisão de treinamentos e desenvolveu um currículo para disseminar os conceitos de computação em nuvem.

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No primeiro semestre deste ano, a companhia deve ainda inaugurar um centro de pesquisa e desenvolvimento em big data no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O novo espaço terá como foco estudos no setor de petróleo e gás.

"Os profissionais de tecnologia da informação com conhecimentos de mobile, aplicações integradas com as redes sociais, e o big data (conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados digitais em volume, variedade e velocidade inéditos hoje), terão oportunidades boas", diz o gerente do executive briefing center da EMC no Brasil, Rodrigo Gazzaneo.

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