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Opinião|De carreiras e dos millennials

Carreiras sem fronteiras vicejam em um ambiente cada vez mais presente de organizações contemporâneas

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 Foto: Pixabay

Elisabete Adami Pereira dos Santos, professora - PUC-SP

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Nos dois últimos artigos falei, resumidamente, sobre as relações possíveis entre cenários de mudanças organizacionais, mudanças nas configurações de carreira que acompanharam essas alterações, e as demandas de duas gerações, baby-boomer e X.

Neste que será o último artigo sobre o assunto o foco é sobre os millennials, que já estão assumindo postos diretivos nas organizações, e conseguindo transformar em realidade suas expectativas.

Os conceitos de carreira que mais se aproximam das expectativas da geração Y, expectativas que foram e têm sido tão recorrentes em pesquisas acadêmicas ou não, seriam os de "carreiras sem fronteiras", "carreiras proteanas", que basicamente, e essa é uma das características mais importante, deslocam a posse da carreira, e de seus desdobramentos, para as mãos dos indivíduos.

Características. Dois conceitos acompanham essa característica da posse e que são tão caros aos membros da geração millennial nas organizações: flexibilidade e mobilidade, que não são sinônimos entre si, mas se complementa.

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A flexibilidade tem a ver com a maleabilidade, a plasticidade, em forma e estrutura, e mobilidade é espacial, ou seja, uma flexibilidade que pode ser exercitada em qualquer lugar... São diferenças muito sutis, mas são diferenças.

As carreiras proteanas recebem o adjetivo inspirado no semideus Proteus, da mitologia grega, e que tem como sinal mais importante a possibilidade de se metamorfosear em qualquer coisa, de acordo com a necessidade. Esse tipo de carreira tem qualidades distintivas como autogestão e autorrealização, ou seja, aquilo que eu quero fazer e não aquilo que a organização arquiteta para que eu faça.

Carreiras sem fronteiras vicejam em um ambiente cada vez mais presente de organizações contemporâneas, também elas, sem fronteiras. Esse tipo de carreira não tem limites de ação, horários, áreas, organizacionais, geográficos.

Os vínculos podem ou não ser organizacionais. Essas carreiras se sustentam na própria bagagem de seus membros e, principalmente, em seu networking. Não importa quem seja o empregador, o que importa mesmo é que ele permita a mobilidade.

Dadas algumas expectativas tão decantadas da maior parte dos membros millennials, como vimos algumas vezes nesta coluna, ressaltando os de mobilidade e flexibilidade, não causa surpresa o quanto o desenvolvimento dos modelos novos de carreira têm se tornado tão presentes.

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