Mesmo informal, processo é considerado importante
Formal ou não, a utilização do mentoring é apontada pelos profissionais de recursos humanos como ferramenta importante para o desenvolvimento do indivíduo e de suas habilidades. "Cerca de 90% daqueles que passam a ser orientados por profissionais mais experientes dizem ter observado avanços significativos no seu desenvolvimento", diz a diretora de desenvolvimento de talentos da consultoria LHH/DBM, Fátima Rosseto. Comumente, a decisão de se escolher um mentor ocorre quando o profissional assume posições de liderança pela primeira vez. Ou então quando o profissional, já na posição de líder, entra na organização e não conhece bem o ambiente. Entretanto, nada impede que isso ocorra em outras ocasiões. "Quando o profissional se vê em situações de dificuldade, nas quais precisa de apoio, ele pode pensar em procurar um mentor, diz a sócia da consultoria LFGhisi, Luiza Ghisi. Ela ressalta, porém, que o escolhido para dar esse apoio não deve ser o chefe direto, mas sim outro membro da organização que não faça parte da cadeia de avaliação do profissional. Segundo Luiza, esse procedimento permite que o mentor avalie os cenários de forma imparcial e direcione seu discípulo de maneira mais objetiva. Para a gerente de desenvolvimento da Natura, Marisa Godoi, os momentos em que o profissional se sente vulnerável são propícios para iniciar uma mentoria. "Quando se sentir assim, o profissional deve entender que não é possível ser um super-homem, ser bom em tudo e ter a humildade de usar esse momento para buscar a ajuda do outro. Buscar se fortalecer com quem é mais forte que você." É importante escolher alguém com atributos que você admira que queira ter em si. E vale lembrar que embora quem tenha a experiência seja o mentor, quem é o responsável pelas ações é o discípulo, dizem os profissionais de RH./L.C.