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Intenção de compra de imóveis cai para 41%

Informação refere-se ao primeiro trimestre deste ano; no trimestre anterior, intenção de compra era de 42% enquanto no mesmo período de 2016 era de 44%

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Atualização:

 Foto: Daniel Teixeira / Estadão

Circe Bonatelli

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A disposição de consumidores e investidores de fechar a compra de um imóvel continua em queda no Brasil, atingindo novo recorde de baixa. Entre as pessoas que navegaram por classificados online no primeiro trimestre de 2017, 41% afirmaram ter a intenção de comprar um imóvel nos três meses seguintes. O patamar é menor do que os 42% no quarto trimestre do ano passado e os 44% do primeiro trimestre de 2016. Já em 2014, eram 54%.

Os dados fazem parte da pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que entrevistou 3.837 pessoas que visitaram o site Zap Imóveis e entraram em contato com anunciantes. Destas, 39% têm renda mensal de até R$ 5,0 mil, 26% entre R$ 5,0 mil e R$ 10,0 mil, e 35% acima de R$ 10,0 mil.

Entre os que pretendem adquirir imóveis, 28% acreditam que o preço vai cair, enquanto no fim do ano passado, eram 36%. No começo de 2016, eram 42%.

O economista da Fipe e coordenador do estudo, Eduardo Zylberstajn, observa que os indicadores de demanda reduziram o ritmo de queda no começo deste ano em decorrência do incipiente movimento de melhora da economia brasileira, marcado por queda dos juros e da inflação, além de crescimento da confiança. "Todos os indicadores pareciam estar menos piores", disse.

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Agora, porém, a tendência é que as percepções negativas voltem a se acirrar. "Com a bomba política e as incertezas sobre o País, os compradores tendem a adiar a decisão de compra do imóvel. E quem resolve prosseguir com a compra terá mais dificuldades para conseguir financiamento no banco", afirma Zylberstajn.

O levantamento também apontou que 75,1% das compras e vendas de moradias efetuadas nos 12 meses anteriores tiveram desconto, que foi de 8,9%, em média. O patamar médio de desconto subiu em comparação com o começo de 2016, quando estava em 8,5%. Por outro lado, recuou em comparação com o pico de 9,3% registrado na metade de 2016.

A participação dos investidores no total de compradores apresentou ligeiro recuo de 39% no quarto trimestre de 2016 para 38% no primeiro trimestre de 2017, registrando novo piso para a série histórica. Segundo Zylberstajn, esse comportamento se deve ao declínio do interesse do investimento em imóveis para locação.

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