Foto do(a) blog

O blog do Caderno de Imóveis

No Rio, Cury diz ter 'maior sucesso de vendas na maior crise'

Em uma semana, empresa comercializa todas as 484 unidades do Dez Zona Norte, no Irajá, com preço de R$ 215 mil

PUBLICIDADE

Por
Atualização:

Residencial tem piscinas, quadras e churrasqueiras - Foto: Divulgação /Cury

Patrícia BüllESPECIAL PARA O ESTADO A despeito da retração do mercado e da crise na economia, a Cury Construtora vendeu em um fim de semana todas as 484 unidades do residencial Dez Zona Norte, no bairro do Irajá, no Rio de Janeiro. Foi o motivo para ser premiada com o Master Imobiliário de comercialização na categoria Profissional. Na fase de pré-lançamento, foram aprovados 700 cadastros - número bem acima das unidades disponíveis. "Isso comprova que, ao oferecer para a população aquilo que ela busca, dentro de condições que cabem na situação econômica em que ela vive, há demanda", afirma o diretor de negócios da Cury, Leonardo Mesquita. "Existe crise, é verdade, mas ainda assim as pessoas conseguem enxergar e aproveitar as oportunidades." Para ele, receber o Master ganha ainda mais relevância pelo momento de retração do mercado. "Existe possibilidade de navegar em mar turbulento desde que se adeque o produto às reais necessidades do cliente", diz. "Nosso maior case de comercialização ocorreu justamente no momento de maior crise do setor." O fato de estar enquadrado no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), segundo ele, também ajuda. Localizado em uma antiga cimenteira da zona norte do Rio, o terreno ficou muito tempo em demolição. No início a construtora pensou em um projeto com unidades acima do teto do MCMV. Mas, com a mudança de limite de R$ 190 mil para R$ 225 mil no final do ano passado, foi possível lançar as unidades com valor dentro do programa. O lançamento ocorreu em março, em meio às manifestações pró e contra impeachment, motivo que quase fez a Cury desistir do lançamento. "Mas quando cheguei ao estande lotado, com as pessoas em fila esperando para serem atendidas, tive certeza que a decisão foi acertada", diz. A combinação preço e localização é apontada por Mesquita como o motivo do sucesso. "Esse segmento da população - dentro do MCMV - compra imóvel para uso próprio e não como investimento", afirma. "Existe demanda, o que mudou foi o perfil do comprador." Ele fala que durante o boom de vendas - entre 2010 e 2013 - de cada dez pessoas que iam aos estandes, quatro tinham o cadastro aprovado. Hoje, são apenas duas. "Mais gente está desempregada e com restrições de crédito, mas a demanda continua." O nível A no Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade na Habitação chancela o alto padrão de eficiência em construções da Cury. "Faz parte do projeto buscar soluções de sustentabilidade em nossas obras, isso nos garante a certificação", afirma Mesquita. Especificamente no residencial Dez Zona Norte, a empresa prevê no projeto o reúso de água, além do melhor dimensionamento do condomínio. "Adequamos a área de lazer para aquilo que realmente será usado pelos moradores", diz, explicando que muitas construtoras inflam a área de lazer para atrair compradores, oferecendo itens que são subutilizados. "Acaba pressionando a taxa do condomínio. Aqui, fazemos o projeto levando em conta aquilo que realmente fará diferença e será utilizado pelo proprietário." Como exemplo ele cita piscina infantil e adulta, quadras e churrasqueiras, bicicletário e salão de festas. "O residencial tem todo o lazer que outros oferecem, mas adequados à demanda", explica Mesquita. Os apartamentos de 48 m² e dois dormitórios oferecem a opção com e sem garagem. Em média, o custo final é de R$ 215 mil. Planejado para ser construído em duas etapas, está previsto agora para ser entregue todo em agosto de 2018 - justamente pelo sucesso de venda.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.