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O que há de novo na nuvem global

Governo altera cronograma de desligamento da TV analógica

O cronograma de desligamento do sinal analógico de TV foi alterado hoje, depois que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (foto), assinou uma portaria.

Por Mariana Congo
Atualização:
 Foto: Estadão

A frequência usada pela TV analógica inicialmente seria liberada em todo o País até 2016. Com o novo cronograma, o desligamento será feito aos poucos, a começar pelos grandes centro urbanos (em março de 2015) e depois nas cidades menores (até 2018).

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O que isso tem a ver com o 4G?

A frequência hoje usada pela televisão analógica será, no futuro, aproveitada pelas operadoras para a instalação do 4G - tecnologia de conexão sem fio à internet de alta velocidade -, na frequência de 700 megahertz (MHz).

Segundo o ministro, o calendário de instalação do 4G não será alterado com a mudança do cronograma de desligamento do sinal analógico de TV. O leilão dessa faixa continua previsto para abril de 2014.

"Em 4,2 mil municípios não há nenhuma emissora na faixa de 700 MHz. Por isso, adiarmos o desligamento nesses locais não compromete o leilão do próximo ano", disse Bernardo. "Já nas grandes cidades, o espectro está totalmente tomado, por isso a migração será antecipada", completou.

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4G no Brasil

O 4G já está em operação no Brasil, mas somente na faixa de 2,5 Ghz. O leilão dessa faixa foi no ano passado e desde 30 de abril deste ano a cobertura tornou-se obrigatória nas cidades de Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador, sedes da Copa das Confederações. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o cronograma foi cumprido pelas operadoras.

A frequência de 700 MHz é usada em vários países que possuem rede 4G de telefonia celular e é considerada pela indústria de telecomunicações como mais apropriada para a operação de telefonia 4G porque precisa de menos antenas para sua cobertura do que a frequência de 2,5 GHz.

Novos aparelhos de TV

Na avaliação do ministro Paulo Bernardo, o cronograma flexibilizado para o fim da TV analógica permitirá que a indústria de televisores e conversores digitais consiga dar conta da demanda por novos aparelhos. "Se fosse feito tudo de uma só vez, precisaríamos vender mais de 30 milhões de equipamentos em um semestre, sendo anualmente se vendem 15 milhões de TVs no País", afirmou.

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De acordo com ele, o Ministério das Comunicações defende a criação de um benefício para baratear esses aparelhos e facilitar a aquisição pela população, mas esse incentivo depende de conversas com os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento.

(Com informações da Reuters e da Agência Estado / Foto: André Dusek/Estadão)

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