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Cuide das finanças pessoais

O que esperar das aplicações financeiras em março

(*) Com Tom Morooka

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Por Regina Pitoscia
Atualização:

O vaivém que acentuou a instabilidade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em fevereiro tende a continuar dando o tom aos negócios no mercado de ações neste e nos próximos meses.

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Retrospectiva

Para quem pensou que a Bovespa ia reprisar o vistoso desempenho de janeiro, quando acumulou valorização de 11,14%, fevereiro terminou frustrante, com valorização final de apenas 0,52%.

Esse resultado, contudo, não expressa com fidelidade o que ocorreu no mercado ao longo do mês passado. Entre 9 e 26 de fevereiro, melhor período das ações no mês, a valorização da bolsa encostou em 8,30%. Veja abaixo qual foi o rendimento fechado das aplicações em fevereiro.

A alta acumulada momentaneamente pela bolsa nesse período foi tragada de uma hora para outra pelo chamado "crash relâmpago", resultado de pesadas vendas de ações nos mercados globais com impacto negativo também sobre a bolsa doméstica.

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O motivo foi o temor de elevação mais forte dos juros nos EUA, movimento que poderia provocar a saída de capital estrangeiro dos mercados de ações, incluído o brasileiro, para a compra de títulos do Tesouro americano.

Não foi só. Outros percalços se sucederam e estimularam a venda de ações, principalmente por quem se beneficiou da valorização dos papeis desde o início do ano. A proposta de reforma da Previdência Social saiu da agenda do governo e a nota de crédito da dívida soberana do País passou pelo segundo rebaixamento neste ano, desta vez pela agência Fitch - no início de janeiro foi a Standard & Poor's (S&P). A esses fatores de estresse se junta também uma pitada de incerteza política do processo eleitoral.

O que esperar

Apesar desse cenário mais adverso, boa parte dos analistas continua apostando na continuidade de valorização das ações, embora em ambiente de maior instabilidade, sustentada principalmente pela compra de estrangeiros. Ações mais baratas, depois das recentes quedas, reforçariam também o apelo para a retomada de compras.

A recuperação da atividade interna, com inflação e juros baixos, também joga a favor do mercado de ações. Nesse cenário, além dos papeis que compõem o Índice Bovespa (Ibovespa), as indicações de especialistas apontam para ações de empresas ligadas ao setor de consumo, especialmente de varejo, e ao financeiro, como o de bancos.

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A aplicação de parcela dos recursos em ações, como estratégia de diversificação de investimentos, é considerada fundamental para o investidor que quer fugir da mesmice do baixo rendimento da renda fixa.

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Só que o dinheiro para a compra individual em ações ou o destinado para um fundo de ações ou multimercado - três modalidades de investimento na bolsa - deve ser aquele com horizonte de longo prazo e desvinculado de qualquer prazo de resgate. Afinal, bolsa de valores é uma aplicação de renda variável e não há como prever antecipadamente o melhor momento para o resgate.

A renda fixa

Aplicações de renda fixa que podem passar por nova redução dos juros se o Comitê de Política Monetária (Copom) confirmar a expectativa de uma ala do mercado financeiro e promover corte adicional, de 0,25 ponto porcentual, na taxa básica de juros, a Selic, neste mês. A reunião que poderá decidir pela redução está marcada para os dias 20 e 21 de março.

Ranking

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O ouro levou a melhor em fevereiro, seguido pelo dólar. Acompanhe o ranking das aplicações, de renda variável e renda fixa, com cálculos do administrador de investimentos Fabio Colombo

                               Balanço de fevereiro

1º - Ouro  3,68%

2º - Dólar 1,96%

3º - Título IPCA 0,55% a 0,65%

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4º - Bolsa de Valores de São Paulo    0,52%

5º - Fundos DI 0,40% a 0,50%

6º - Fundos de renda fixa                    0,35% a 0,45%

7º - CDB                                                    0,35% a 0,45%

8º - Caderneta                                         0,40%

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9º - IPCA - estimativa  0,33%

 

 

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