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O blog do Caderno de Oportunidades

Consultoria dá novo norte aos negócios

Empreendedores que recorreram ao processo de oxigenação de suas empresas contam o que mudou e os resultados que estão obtendo

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Atualização:

Expedito Júnior, dono da Nova Sergipe e Imobili Arquitetura Foto: Estadão

A experiência como gerente de incorporação de uma construtora inspirou o arquiteto Expedito Júnior a montar, em 2010, a Imobili. "O negócio nasceu com a proposta de oferecer serviços de arquitetura, consultoria e incorporação", conta.

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Dois anos depois, o sergipano não estava satisfeito com os resultados obtidos. "O mercado não entendeu nossa proposta e procurei ajuda. Contratei a DZN - empresa paulista de inovação aplicada aos negócios e pessoas. Eles fizeram um diagnóstico e identificaram nosso real potencial", diz.

Segundo ele, o estudo apontou que o melhor seria dividir o negócio, criando uma segunda empresa. "Em 2013, nasceu a Nova Sergipe, que oferece consultoria para todo o ciclo de um empreendimento, desde a identificação e estudo de viabilidade do terreno, acompanhamento da obra para observar o cumprimento do projeto, até consultoria técnica para a sua comercialização. Já a Imobili Arquitetura ficou só com o desenvolvimento de projetos."

Expedito Júnior diz que o trabalho da DZN terminou no final de 2014. "Foi um processo marcante e bem completo, que incluiu o desenvolvimento da marca, do site e de processos internos. Agora, consigo rentabilizar melhor todo o trabalho. O negócio deixou de ser uma dúvida e virou realidade."

O fundador da DZN, Aziz Camali, explica que inovação aplicada é aquela que cria, testa, tira do papel e faz o negócio acontecer. "Não somos uma agência de publicidade, também não somos uma consultoria que entrega receitas. Somos uma mistura de ambas e vamos além. Nascemos para transformar, oxigenar e ressignificar histórias de empreendedores e empresas."

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Aziz Camali e Andrea Gomes, da DZN Foto: Estadão

Segundo ele, a DZN é formada por engenheiros, publicitários, designers, economistas e antropólogos, entre outros. "Misturamos profissionais de diversas áreas que participam do começo, meio e fim dos projetos. Todos contribuem com suas expertises. Acompanhamos a implementação do projeto até a obtenção dos primeiros resultados. Independentemente do tamanho do problema, o que nos move é o desafio de ajudar o empresário", afirma.

Camali conta que nos últimos dois anos, a DNZ participou da introdução no mercado de 15 negócios e da oxigenação de 20 empresas.

Uma delas é a Caltabiano Idiomas, de Marcelo Noronha e Bruna Caltabiano, no mercado desde 2011. A empresária conta que nos dois primeiros anos o negócio foi razoavelmente bem. "Em 2014, porém, foi muito ruim. No mês de junho, particularmente, pela primeira vez não foi feita nenhuma matrícula e decidimos recorrer à DZN."

Marcelo Noronha e Bruna Caltabiano, donos da Caltabiano Idiomas Foto: Estadão

Bruna conta que a consultoria mostrou a eles que estavam procurando clientes no lugar errado. "Buscávamos grandes empresas. Eles nos fizeram ver que empresas menores poderiam ser mais rentáveis e render mais negócios. Percebemos também que, por trabalharmos com cursos customizados, nosso negócio nunca vai ser super escalável. Porém, podemos ter menos negócios, mas muito rentáveis", diz.

Segundo ela, a empresa também ganhou nova identidade visual. "Eles trabalharam com o fortalecimento da marca, e isso fez com que nós e os colaboradores ficássemos mais engajados. Também nos ajudaram a perceber outros produtos que poderíamos ter no portfólio", diz. Ela conta que tinha a expectativa de aumentar o faturamento em 50% no decorrer de 2015. "Comparando o primeiro trimestre de 2014 com o de 2015, o negócio já cresceu 67%. Agora, nossa meta é atingir 75% até o final do ano", afirma.

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Pesquisa. O dono da Consumoteca, butique de conhecimento especializada em consumidor, Michel Alcoforado afirma que realizar pesquisa também é um caminho para o negócio se reposicionar. "Estou sempre fornecendo ferramentas para que os pequenos consigam entender seus consumidores sem precisar recorrer a grandes institutos."

 Foto: Estadão

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Segundo ele, quem atua no varejo deve manter olhos e ouvidos bem abertos para entender o que o consumidor está buscando. "É preciso procurar entender a lógica do outro e resolver o problema dele. Para as pequenas é muito mais fácil acompanhar as mudanças do mundo, que ocorrem cada vez mais rapidamente. Já para as grandes, esse é um grande desafio."

Alcoforado acredita que no futuro as multinacionais terão de virar um conjunto de pequenas empresas para dar conta de acompanhar as rápidas mudanças do mercado. "Os negócios terão de se moldar à agilidade do mundo."

Engenheiro altera foco de atuação e faz negócio crescer

Desde 2000, o engenheiro civil Renato Vidigal trabalha com construção. Em 2013, criou a Potentia para construir residências de altíssimo padrão. "Sonhava com um trabalho tipo alfaiataria. Queria atender espetacularmente duas ou três obras por ano. Porém, o mercado não entendeu minha proposta."

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Ele passou 2013 fazendo poucos trabalhos, sem deslanchar. "No começo de 2014 procurei a DZN. Disseram que fariam um diagnóstico para entender a situação e depois dariam sugestões de mudanças", diz.

Renato Vidigal, da Potentia Foto: Estadão

Vidigal afirma que a atuação da DZN o surpreendeu durante todo o processo. "O diagnóstico foi um choque e, ao mesmo tempo, o pulo do gato. Eles sugeriram que a Potentia se apresentasse ao mercado como especializada em reforma de alto padrão, o que me colocaria em um nível diferenciado", diz.

Ele conta que faz prospecções em escritórios de arquitetura e como especialista em reformas seu acesso aos grandes escritórios ganhou força. "Grandes construtoras não pegam essas obras, e os arquitetos só contavam com empreiteiros, que não os atendiam satisfatoriamente em termos de prazo, qualidade etc. A aceitação tem sido muito boa."

Vidigal afirma que a equipe da DZN o ajudou ao longo de oito meses. "Produzimos uma apresentação comercial e um kit de boas-vindas maravilhoso, que conceitua um padrão de qualidade subjetivo."

O trabalhou foi complementado com a criação de um kit de ferramentas para que ele saiba como atuar na hora de prospectar. "Na universidade, um engenheiro não aprende administração, marketing etc. Eles me pegaram pela mão e me ensinaram tudo isso", ressalta.

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Outro apontamento da consultoria, foi mostrar que quando ele está prospectando, está olhando o futuro e largando o presente e vice-versa. "Por isso, convidei um colega para ser meu sócio. Ele cuida das obras e eu da área comercial e administrativa", diz.

Atuando no novo formato desde setembro, a Potentia conquista clientes continuamente. "Estamos tocando dez obras e nos mudamos para um escritório novo porque tivemos de aumentar a equipe. Agora, estamos com 15 funcionários. Nossa meta é fechar o ano faturando R$ 3,5 milhões."

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