Publicidade

Ação da Inditex, dona da Zara, cai 4% por denúncias em SP

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

As ações da espanhola Inditex, dona da Zara e de outras marcas de roupas, registravam desvalorização de mais de 4 por cento nesta sexta-feira, em meio a denúncias de utilização de mão de obra escrava, por um fornecedor da companhia, em oficinas clandestinas no Estado de São Paulo. "A Inditex é uma ação defensiva, atraente para fundos norte-americanos que buscam uma varejista com boa imagem social, e histórias como esta podem realmente afetar o papel", disse um operador de mercado na Espanha. "A maioria são investidores estrangeiros que estão vendendo as ações hoje, e como a dimensão do uso de oficinas (clandestinas) no Brasil ainda é pouco conhecida, o assunto está particularmente atingindo a ação em um dia fraco como hoje", acrescentou. Às 8h23 (horário de Brasília), as ações da Inditex recuavam 4,25 por cento na bolsa de Madri. A companhia está sendo investigada pelo Ministério do Trabalho por denúncias de utilização de mão de obra escrava, após investigação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, que envolveu a inspeção de quatro oficinas clandestinas na capital paulista e no interior do Estado, no final de junho. Segundo o Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, as investigações descobriram que em uma das oficinas fornecedoras da Zara o dono recebia 7 reais por peça, enquanto os trabalhadores recebiam 2 a 3 reais por item costurado, em média. Após a denúncia, o Ministério do Trabalho teria iniciado a investigação de outras 20 grifes de roupas nacionais e internacionais, informou nesta sexta-feira O Estado de S.Paulo. De acordo com o jornal, em uma das oficinas irregulares no interior de São Paulo, onde foram encontradas peças com etiqueta da Zara, também havia roupas de outras cinco marcas conhecidas. Representantes da Inditex e do Ministério do Trabalho não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto. (Por Jonathan Gleave em Madri e Vivian Pereira em São Paulo)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.