As ações da companhia belga Interbrew caíam 5,35% às 7h19 (de Brasília) na Bolsa de Bruxelas, segundo informações do site da Euronext. Analistas consultados pela agência Dow Jones dizem que os investidores estão preocupados com a complexidade da operação. Além disso, o negócio ocorre na contramão da política que a companhia vinha adotando, de centrar seus esforços em crescimento orgânico combinado a aquisições em mercados onde atua fortemente. A analista Florence Van Tomme disse que com a operação, a Interbrew buscou proteger-se de eventual expansão de sua concorrente Heineken, quarta no ranking mundial antes da operação da Interbrew com a Ambev, e da Anheuser-Busch na América do Sul. Interbrew fez 42 compras e parcerias desde 1995 A Interbrew tem um histórico de aquisições e alianças. De acordo com informações da Bloomberg Data, a Interbrew desembolsou mais de US$ 13,5 bilhões em 42 compras e parcerias firmadas desde 1995. O executivo chefe da InterBrew, John Brock, afirmou que o negócio com a Ambev representa uma oportunidade para entrar em alguns dos mercados com crescimento mais acelerado no mundo. A Interbrew, a exemplo da Heineken NV e da SABMiller Plc, tem comprado concorrentes na medida em que o consumo de cerveja está estagnado na Europa. Segundo estimativas de uma empresa de pesquisa do Canadá, a demanda por cerveja no Brasil cresceu 1,9% no ano passado. Na Europa, o consumo caiu 0,1%, com os cidadãos preferindo vinhos e destilados.