PUBLICIDADE

Acordo da Varig com a TAP deve sair até outubro

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Conselho de Administração da Varig, David Zylbersztajn, disse que o acordo com a empresa aérea portuguesa TAP deve sair até outubro. "Esta é a previsão", adiantou durante entrevista ao programa Conta Corrente, da "Globo News". Segundo ele, existe um pré-acordo, para arranjar as peças que participarão do acordo, que termina dentro de uma semana. "Vai ficar todo mundo no barco. E se a coisa caminhar, o barco começa a navegar. Se tudo correr bem até outubro, as coisas devem acontecer." Zylbersztajn ressalvou que não existe uma crise generalizada no setor aéreo, mas sim que estaria havendo um "rearranjo" no setor. "Você tem crises pontuais", disse o presidente da empresa. Ele afirmou que as tarifas mais baratas das chamadas empresas "no coffee" (que operam com serviço de bordo simplificado) acabam pressionando as companhias tradicionais. "Não há uma crise do setor aéreo. Há um rearranjo e você tem companhias em pior ou em melhor condição." Disse que uma das razões para a Varig se encontrar em dificuldades financeiras foi o forte aumento do querosene de aviação. "A Varig é uma empresa operacionalmente muito equilibrada. A Varig tem um dos três melhores centros de manutenção de aeronaves do mundo e o melhor centro de formação de pilotos da América Latina", salientou Zylbersztajn. "Porém, hoje 35% do custo da Varig é com combustível. No passado era a metade disso." Zylbersztajn, que foi diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), se disse surpreso com o nível atual dos preços do petróleo no mercado internacional. "O petróleo está surpreendentemente estável, e estável num patamar muito alto", destacou. Ele ainda acredita que o óleo voltará a custar em torno de US$ 30 ou US$ 40 nos próximos meses. "Eu acho que o petróleo não se sustenta por muito tempo." O ex-diretor-geral da ANP lembrou que no Brasil, tradicionalmente, existe um certo atraso no repasse das variações de preços internacionais do petróleo para os derivados no mercado interno. "O que acontece com os preços no Brasil é que se demora a reagir aos preços internacionais. Não há uma sensibilidade rápida, não há rapidez de resposta", frisou. "Mas se pegarmos os dois últimos anos, por exemplo, você tem perdas num determinado momento e ganhos em outro."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.