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Agricultura avança em produtividade

O setor agropecuário vem resistindo bravamente à crise, produzido mais em condições mais econômicas para poder aumentar o volume exportado, como forma de compensação à queda dos preços das commodities, sem deixar de atender às necessidades de abastecimento do mercado interno. Segundo a última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos deve chegar a 210,3 milhões de toneladas em 2015/2016, um crescimento de 1,3% em relação à safra anterior.

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Por Redação
Atualização:

Apesar de um regime irregular de chuvas em Mato Grosso, que afetou o plantio precoce de soja, a oleaginosa continua a liderar a produção nacional de grãos com 100,9 milhões de toneladas. As condições climáticas, de outra parte, foram favoráveis à recuperação da produção do Nordeste e à expansão da safra na região conhecida como Matopiba (áreas adjacentes de Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia).

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Chegou-se a noticiar que haveria escassez de feijão e arroz, mas a Conab descarta a possibilidade de desabastecimento desses produtos básicos. Quanto ao feijão, João Marcelo Intini, diretor da Conab, observa que o plantio ocorre em praticamente todos os Estados durante todo o ano e não haveria, portanto, necessidade de importação. A produção de arroz foi prejudicada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Está havendo, agora, plantio tardio, mas é provável que seja preciso importar 1 milhão de toneladas.

Chama a atenção o avanço do milho, cuja colheita é estimada em 88,5 milhões de toneladas, 3,5% mais que na safra anterior. Vale notar que o milho se vem tornando um dos principais produtos agrícolas de exportação do Brasil. As vendas externas do produto em grãos carrearam para o País US$ 4,937 bilhões no ano passado, um aumento de 27,39% em relação a 2014 (US$ 3,875 bilhões). As expectativas para a safrinha (segunda safra) tanto de milho como de feijão são muito boas, na avaliação da Conab.

É claro que a desvalorização do real tem ajudado muito a agricultura, evitando a descapitalização do setor. Este, porém, é apenas um fator. As chuvas têm sido regulares e bem distribuídas e os empréstimos para custeio e comercialização têm sido razoáveis, embora tenha havido queda no crédito para investimentos.

Mesmo assim, a produtividade cresce com maior mecanização da lavoura e uso de sementes de ciclo mais curto e de variedades mais resistentes.