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Alta de tributação poderia prejudicar recuperação econômica, diz Meirelles

Ontem, o governo anunciou um corte de gastos de R$ 42,1 bilhões e o fim de benefícios fiscais de 50 setores para cumprir a meta fiscal de 2017

Por Anne Warth e
Atualização:
MP que elimina desonerações de empresasterá início em julho, diz Meirelles Foto: André Dusek/Estadão

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira que estudos mostram que o aumento da tributação poderia prejudicar a recuperação da economia brasileira neste momento. Ele fez essas afirmações ao ser questionado sobre o motivo de o governo não elevar impostos para financiar os gastos com a Previdência.

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“O trabalho é ampliar a base tributária, tentando não criar impostos regressivos”, disse, após participar de audiência pública na comissão especial da Reforma da Previdência na Câmara. Segundo ele, o Brasil já tem a maior carga tributária entre os países da América Latrina e entre os emergentes. Por isso, ontem, o governo anunciou o fim de algumas isenções e da desoneração da folha de pagamentos.

O ministro rebateu os questionamentos feitos por parlamentares durante a audiência pública. Segundo ele, atribuir o aumento dos gastos com Previdência na proporção do PIB à queda do crescimento “não faz sentido”. Ele disse que a economia cresceu, em média, 3%, nas últimas duas décadas, enquanto os gastos da Previdência tiveram uma aceleração maior.

Meirelles disse que uma contribuição mais baixa a ser fixada para trabalhadores rurais vai permitir a todos que possam contribuir por 25 anos. Segundo ele, as condições de trabalho para homens e mulheres estão cada vez mais iguais, o que permite que a idade mínima seja igual para ambos e, até lá, a adoção de um período de transição.

Questionado sobre os erros de analistas e economistas a respeito de projeções de indicadores, ele respondeu que “economia é previsão, não ciência exata”. O ministro disse ainda que a forma de garantir a queda dos juros é assegurar que a dívida pública não vai crescer de forma descontrolada. Para ele, se a reforma da Previdência for aprovada, o País vai crescer de forma mais consistente e sustentada.

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