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Ambientalistas pedem limite para a expansão dos biocombustíveis

Fantasiados de espigas de milho, manifestantes cantam Pink Floyd em Bruxelas contra uso de alimentos para fazer etanol

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Por Redação
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BRUXELAS - As principais organizações ecologistas do mundo pediram ao parlamento europeu que estabeleça limites para o uso de biocombustíveis derivados de produtos agrícolas, por causa do seu impacto no meio ambiente e nos preços dos alimentos.

Para chamar a atenção, os ecologistas se fantasiaram de espigas de milho e ficaram pedindo liberdade diante dos veículos. Um coro de espigas humanas, em ritmo de músicas conhecidas como "Another brick in the wall", do grupo Pink Floyd, pediam para não serem esmagadas para a produção de energia para veículos particulares.

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"O problema com os biocombustíveis é que estão ampliando a fome", afirma Corbalán. "Além do mais, eles não são a solução da luta contra as mudanças climáticas como se pensava, mais na verdade fazem acelerar as mudanças no clima do planeta". As ONGs denunciaram "a loucura que é usar comida para alimentar os veículos na forma de biocombustíveis, em vez de usá-la para alimentar as pessoas". A união europea tem como objetivo elevar para 10% até 2020 o uso de combustíveis renováveis no setor de transporte, o que significa recorrer aos biocarburantes como etanol de milho ou de cana, entre outros vegetais. Nova geração. A comissão europea defende agora impulsionar os biocombustíveis de nova geração, fabricados a partir de resíduos e mediante fontes alternativas, limitando o uso dos biocombustíveis tradicionais, que são os mais usados. "A União Europea criou uma política que incentiva o uso de comida nos automóveis, e estamos dizendo que isso não é mais aceitável", afirmou Laura Sullivan, de ActionAid. A proposta de limitar os biocombustíveis tradicionais divide o parlamento europeu.As ONGs defendem a mudança alegando que o modelo atual é insustentável.

Ursos polares . Em Santiago, no Chile, ambientalistas do Greempeace saíram às ruas do centro fantasiados de ursos polares para protestar contra a presença de petroleiras como a Shell no território Ártico.  Eles pedem redução do uso de petróleo e medidas para proteger o planeta contra as mudanças climáticas.

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