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ANÁLISE: 'Não temos o que comemorar no superávit comercial de maio'

Para o presidente da Associação dos Exportadores Brasileiros, balança terá superávit em 2015 mais pela queda das importações do que pelo aumento das exportações

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

SÃO PAULO - Mais importante que saldos positivos ou negativos em comércio exterior é a corrente de comércio de um país. E essa vem caindo no Brasil há quatro anos, segundo o presidente da Associação dos Exportadores Brasileiros (AEB), José Augusto de Castro, o que o leva a acreditar que não tem nada a se comemorar no superávit da balança de maio, de US$ 2,761 bilhões.

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"No Brasil se dá muito valor para superávits ou déficits, mas o que importa para o comércio exterior é a corrente de comércio. Temos falado aqui na AEB que teremos neste ano um superávit negativo da balança comercial de US$ 5 bilhões", diz Castro. Ele explica que a associação vê os US$ 5 bilhões de superávit negativo porque ele se dará mais pela queda das importações do que pelo aumento das exportações.

A corrente de comércio brasileira, de acordo com o presidente da AEB deverá encerrar 2015 abaixo dos US$ 400 bilhões pela primeira vez em muitos anos. "Se US$ 400 bilhões é um patamar psicológico, vamos fechar abaixo deste valor", lamenta o executivo. De acordo com ele, na China por exemplo, o superávit da balança comercial neste ano deverá fechar em torno de US$ 200 bilhões, mas de acordo com ele, quando se trata do país asiático, se fala em exportações e importações de trilhões de dólares.

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