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Andima espera queda de juro e dólar mais forte até final do ano

Por Agencia Estado
Atualização:

O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima) está prevendo que a Selic, a taxa básica de juros da economia, fixada pelo Banco Central, encerrará o ano em 18,1% ao ano, quase dois pontos abaixo dos 19,75% fixados na semana passada. Conforme cenários divulgado hoje pelo Comitê da Andima, a taxa média da Selic no ano ficará em 19,1%. Para 2006, os economistas da Andima estão prevendo nova queda dos juros, com a taxa Selic caindo para 16,0% no final do ano e uma taxa média de 16,1%, ao longo de 2006. Presidido pelo economista Marcelo Salomon, do Unibanco, o comitê da Andima estima que o dólar voltará a subir nos próximos meses, com a moeda americana sendo cotada a R$ 2,6777 no final de dezembro. A taxa média do ano deverá ficar em torno de R$ 2,6035, pelas projeções da Andima. Para 2006, a expectativa dos técnicos é de uma depreciação do real frente ao dólar de 6%, com a moeda norte-americana atingindo R$ 2,8392 no dia 31 de dezembro. Ainda de acordo com as projeções da Andima, o câmbio médio no próximo ano deverá ficar em R$ 2,7698. Em relação aos índices de preços, o cenário traçado pela Andima é de que o IPCA, índice de inflação usado como referência para a meta de inflação, encerrará 2005 em 6,2%, caindo para 5,3% em 2006. Quanto ao IGP-M, a expectativa é de um índice de 6,6% este ano e de 5,6% em 2006. Relações com mercado externo O Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 3,6% este ano, mantendo o mesmo ritmo no ano que vem, conforme cenário da Andima. O setor industrial deverá puxar o crescimento este ano, com expansão de 4,5%, caindo para 4,2% em 2006. Já a agropecuária deverá registrar expansão de 4,0% em 2005 e 4,3% em 2006. O setor de serviços deverá registrar crescimento de 2,9% este ano e o mesmo ritmo em 2006. Em dólares, pelos cálculos da Andima, o PIB brasileiro atingirá US$ 735,4 bilhões e US$ 753 bilhões no ano que vem. A taxa de desemprego aberto, medida pelo IBGE, continuará alta, com a média de 10,3% este ano e recuando para 9,7% em 2006. A relação dívida pública/PIB continuará acima dos 50%, com ligeira queda dos 50,9% previstos este ano para 50,1% no ano que vem. Na balança comercial, o Brasil continuará apresentando sólidos resultados, com as exportações subindo de US$ 109,5 bilhões para US$ 114,2 bilhões, com aumento de 4,2%. Já as importações subirão 13%, passando de US$ 75 bilhões para US$ 84,8 bilhões. Com isso, o superávit comercial cairá dos US$ 34,4 bilhões previstos para este ano para US$ 29,4 bilhões em 2006.

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