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Anne Krueger desafia Brasil e Argentina a dar idéias novas

Afirmação da diretora do FMI está no Clarin. Os jornais argentinos se dividiram na avaliação do acordo assinado por Lula e Kirchner.

Por Agencia Estado
Atualização:

include "$DOCUMENT_ROOT/internacional/argentina2003/ticker.inc"; ?>A diretora-gerente interina do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, desafiou a Argentina e o Brasil a contribuir com novas idéias. A declaração de Anne Krueger faz parte de uma das cinco páginas da cobertura que o jornal Clarín, o mais vendido na Argentina, publicou hoje sobre o encontro de Lula e Kirchner e o acordo assinado pelos dois. Em um trecho inédito da entrevista que Anne Krueger concedeu ao jornal na última segunda-feira, cuja maior parte foi publicada em sua edição de ontem, a executiva do FMI disse que não é só o Brasil que pede que os gastos de infra-estrutura sejam considerados como investimento. ?Também pedem os governos de Chile, México e de outros países. Nós temos um estudo que vai ser apresentado na diretoria dentro de duas ou três semanas?, anunciou Krueger. Questionada sobre quais expectativas tinha sobre a reunião de Kirchner e Lula, Krueger respondeu: ?Não sei. Depois de tudo têm diretores executivos na diretoria (do FMI) e talvez decidam coordenar posições. Ao melhor têm novas idéias, o que seria muito útil?. Interpretações diferentes O encontro dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner é capa de todos os jornais argentinos. Porém, com diferentes interpretações sobre a importância do acordo assinado entre eles. O Clarín, La Nación , El Cronista e Página 12 consideram o acordo inédito porque define uma postura comum diante dos credores externos. Já o Ámbito Financiero e o Infobae minimizam o poder do mesmo. O Infobae, por exemplo, considera que o ?texto esconde precisões? e afirma que houve ?forte pressão da Argentina para destravar o paper assinado com Lula?, bem como que ?Kirchner instruiu seus ministros para que alcancem um texto que supere a declaração lavada?. O Ámbito Financiero optou pela manchete que destaca o fato do presidente Lula ter interrompido o diálogo com Kirchner para ?atender a prefeitos e uma greve de polícias?, o que foi considerado o ?cúmulo?, para quem ?a cúpula não terminou bem?. Ainda segundo o Ámbito, com o acordo assinado a ?Argentina só conseguiu no Rio de Janeiro uma diplomática Ata de Copacabana?; ?é pouco para um Kirchner que há 15 dias aspirava armar uma frente comum de devedores com Lula para renegociar a dívida pública?. Com uma abordagem completamente diferente, La Nación afirma que ?nunca como ontem, em quase um ano de amizade e gestos carinhosos, Néstor Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva haviam mostrado um resultado tão concreto de que levam a serio a aliança estratégica que tentam edificar?. O jornal diz que ?uma idéia dominante resume o acordo: convencer aos países que mandam nos organismos financeiros para que as pautas exigidas aos países emergentes não comprometam a possibilidade de crescer?. Em outra reportagem sobre o assunto, o jornal opina que ?agora sim, Lula girou para a esquerda?.

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