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Áreas do pré-sal devem ser leiloadas no 2º semestre

Antes, até o fim do ano, o governo espera finalizar um leilão com áreas maduras, em bacias terrestres

Por Antonio Pita
Atualização:

RIO - O Ministério de Minas e Energia (MME) planeja uma rodada de leilões de quatro áreas do pré-sal até o segundo semestre do próximo ano. A previsão é que sejam licitadas as áreas de Carcará, Gato do Mato, Tartaruga Mestiça e Sapinhoá, todas na Bacia de Santos. O leilão deve ocorrer com a 14.ª Rodada de licitações de áreas fora do polígono do pré-sal. Antes, até o fim do ano, o governo espera finalizar um leilão com áreas maduras, em bacias terrestres.

As informações foram apresentadas nesta terça-feira, 5, pelo futuro secretário executivo de petróleo e gás do ministério, Márcio Félix. Gerente na área de exploração e produção da Petrobrás, com mais de 30 anos de carreira, o executivo aguarda até a próxima semana a nomeação oficial para assumir o cargo.

Áreas a serem leiloadas são as quatro maiores do pré-sal Foto: Wilton Junior|Estadão

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“Teremos uma segunda rodada do pré-sal, com quatro áreas unitizáveis, que já têm descobertas. Serão as quatro maiores, já cantadas em prosa e verso. Carcará, Sapinhoá, Gato do Mato e Tartaruga Mestiça”, afirmou Félix, em evento na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. “Trabalhamos para que aconteça o mais breve possível, isso seria até o segundo trimestre de 2017.”

Para a realização do trabalho, entretanto, o governo precisará definir critérios e regras para áreas de unitização. O termo se refere às áreas ainda não leiloadas, que pertencem à União, mas que estão conectadas a reservatórios de óleo em campos contíguos, já sob concessão para petroleiras.

As áreas mencionadas pelo secretário, por exemplo, têm reservas contíguas a concessões da Shell e da Petrobrás, em parcerias com outras petroleiras. A Shell já informou que adiou investimentos na concessão de Gato do Mato à espera de definição sobre as regras de unitização.

A meta do novo secretário é apresentar em 45 dias uma resolução, pelo Conselho Nacional de Política Energética, com as regras do setor. Segundo ele, a resolução já tem 95% de consenso com a indústria, faltando aspectos que estão “no limite” da esfera de regulação, e que podem ter de ser discutidos pelo Congresso.