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Associações pedem ao STF que Judiciário seja excluído do teto de gastos

Entidades apresentaram ação direta de inconstitucionalidade contra medida que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos

Por Rafael Moraes Moura e Breno Pires
Atualização:

BRASÍLIA - A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação Nacional dosMagistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) apresentaram uma ação direta de inconstitucionalidade para que a emenda constitucional que limita os gastos da União para os próximos 20 anos não incida sobre o Poder Judiciário.

Teto de gastos é um dos principais pilares do ajuste fiscal de Temer Foto: Ed Ferreira/Estadão

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"Quando os Poderes Executivo e Legislativo resolveram instituir o Novo Regime Fiscal por meio de uma Emenda Constitucional, limitando e restringindo a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário de participar da elaboração do seu orçamento, tanto impôs limitações que somente a 'realidade orçamentária' poderia impor, mas sem a participação do Poder Judiciário, como atribuiu com exclusividade ao chefe do poder executivo a possibilidade de promover a revisão das limitações, uma vez mais sem a participação do Poder Judiciário", alegam as entidades.

As associações alegam que no próximo ano o Poder Judiciário não poderá criar cargos, contratar pessoal ou realizar concursos. "Não poderão ser criadas varas já a partir do ano de 2017 e os tribunais não poderão ser ampliados, pouco importando que venha a ocorrer uma grande ampliação do número de processos", criticam as associações, que pedem a concessão de uma medida cautelar para suspender os dispositivos da emenda constitucional que tratem do Judiciário.