Publicidade

Badin se despede do Cade amanhã e Furlan assume interinamente

Segundo ele, o afastamento do órgão antitruste se dá por questões pessoais 

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, concederá entrevista coletiva na quinta-feira, 4, em horário ainda não divulgado. O motivo do encontro com jornalistas será sua despedida do órgão antitruste, anunciada em maio. Segundo ele, o afastamento se dá por questões pessoais. Em seu lugar, ficará interinamente o conselheiro Fernando Furlan, que é o decano do Cade.

PUBLICIDADE

Nesta quarta, portanto, será a última sessão plenária que contará com a presença de Badin. Também é o último dia de participação do conselheiro César Mattos, cujo mandato expira no próximo dia 7. Ele aguardava sua recondução, que deveria ter sido feita pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mas que até o momento não ocorreu. Por causa disso, Mattos acelerou a apresentação de seus processos às sessões plenárias.

O nome do substituto de Badin deverá ser indicado pela presidente eleita, Dilma Rousseff. Não há prazo definido para que isso ocorra. Até que o novo presidente do Cade seja proposto - ele precisa passar por sabatina no Senado -, o colegiado contará com o quórum mínimo de presentes, um total de cinco conselheiros. Como alguns deles se apresentam como impedidos em alguns casos, a definição pelo órgão antitruste de processos importantes, como a junção de Sadia e Perdigão na BR Foods, deverá ser postergada.

Homenagens

No início da sessão nesta quarta-feira, 3, o procurador-geral do Cade (Procade), Gilvandro Araújo, salientou o momento de despedida dos dois membros da Casa. "O Cade vem ganhando prestígio nacional e internacionalmente e isso passa por aquilo que as pessoas aqui contribuem", disse.

O conselheiro Vinícius Carvalho destacou a atuação de Badin durante os oito anos em que atua do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), começando na Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça. "Badin entrou em 2003, com o presidente Lula e sai agora, também com o presidente Lula", comentou, citando seus cargos no Cade, como chefe de gabinete, procurador e presidente. Sobre a despedida do conselheiro Mattos, Carvalho mencionou sua vontade de que ele permaneça na Casa. "Será uma perda muito grande para o Cade se o conselheiro Mattos não for reconduzido", disse.

Badin aproveitou o momento para agradecer e se disse muito orgulhoso de ter participado dos oito anos do governo Lula. "Não só pelos avanços que o governo Lula trouxe para o Brasil, como redução da desigualdade de renda, desenvolvimento institucional e no âmbito de defesa da concorrência", citou. Essa é a construção, de acordo com ele, de uma catedral. "Avanços se devem também a alicerces colocados antes do governo Lula", acrescentou. Ao final, o presidente disse que sentirá saudades, mas que sai com o sentimento de dever cumprido.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.