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Balança comercial deve ficar positiva com desempenho das exportações, diz BC

Para o presidente do Banco Central, setor externo deve contribuir com um avanço das vendas de produtos e serviços do Brasil

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Ricardo Leopoldo , Francisco Carlos de Assis (Broadcast) e José Roberto Castro
Atualização:

SÃO PAULO - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira, 14, que é esperada uma contribuição positiva do setor externo para a economia neste ano, especialmente com avanço das vendas de produtos e serviços do Brasil para o exterior. "A balança comercial deve voltar a apresentar superávit, influenciada pelo aumento das exportações, a despeito da retração dos preços das commodities, e pela redução das importações, dado o menor dinamismo da atividade doméstica", comentou. 

Tombini vislumbra um comportamento do balanço de pagamentos "dentro do padrão de normalidade neste e nos anos à frente. "Ressaltando que o fato da taxa de câmbio situar-se em patamar mais depreciado do que o observado nos últimos anos milita favoravelmente para a redução do déficit em transações correntes."

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central Foto: ED FERREIRA/ESTADÃO

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De acordo com Tombini, o Brasil apresenta um balanço de pagamentos equilibrado, com a economia brasileira atraindo capitais estrangeiros em montante suficiente para financiar o resultado das transações correntes. "E estes capitais são representados, majoritariamente, pelo ingresso de investimento estrangeiro direto (IED). O IED, em 2014, superou os sessenta bilhões de dólares, representando quase setenta por cento do déficit em transações correntes observado no período", apontou.

Na avaliação do presidente do BC, o ingresso das demais modalidades de capitais manteve-se dentro da expectativa, destacando que a taxa de rolagem atingiu 153% no ano passado. "Para o ano em curso - 2015 - a perspectiva é de redução do déficit em transações correntes. O ingresso de capitais estrangeiros deve se manter em linha com o observado em anos anteriores, e o investimento estrangeiro direto deverá responder majoritariamente pelo financiamento das transações correntes".

Reafirmação. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, também disse que o País gerará "um pequeno superávit" na balança comercial em 2015. Monteiro comentou o relatório da Organização Mundial do Comércio divulgado hoje e que prevê retração das exportações para 2015 e 2016, mas fez sua própria previsão, "ciente das responsabilidades" do cargo.

"Claro que eu gostaria que esse resultado se desse pela ampliação da corrente do comércio, mas isso não será possível dado o contexto da conjuntura externa. Vamos ter sim um resultado favorável. Não teremos déficit, geraremos um pequeno superávit", disse o ministro, que ancora suas expectativas de superávit ao câmbio e à conta petróleo, que gerará um déficit menor em 2015. 

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