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Banco Inter inicia estratégia para reforçar captura de clientes pessoa jurídica

Objetivo da instituição é chegar à marca de 1 milhão de contas correntes até o fim de 2018 ante atuais 180 mil correntistas

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Por Redação
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O Banco Inter, da família dona da construtora MRV, inicia nesta semana estratégia para acelerar a atração de clientes pessoa jurídica, reforçando movimento de bancos de médio porte e fintechs no Brasil para crescer junto a micro e pequenas empresas, um segmento que tem sofrido com escassez de crédito.

Inicialmente, a Conta Digital Pro será oferecida apenas por convite aos quase 8 mil dos atuais correntistas pessoa física do banco. Foto: Negative Space / Pexels

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O banco, criado em 1994 como Banco Intermedium, lança produto de conta digital grátis para micro e pequenas empresas, como parte dos esforços para chegar à marca de um milhão de contas correntes até o fim de 2018 ante atuais 180 mil correntistas. Para o final deste ano, a expectativa é atingimento de 350 mil contas.

Oferecida inicialmente por convite a quase 8 mil dos atuais correntistas pessoa física do banco, a chamada Conta Digital Pro virá com um pacote mensal de até 100 boletos bancários e 100 TEDs, além de até quatro cartões múltiplos corporativos de débito e crédito, sem anuidade. A conta também inclui folha de pagamento automática, pagamentos e saques na rede 24Horas.

Segundo o presidente do Banco Inter, João Vítor Menin, nos próximos meses a oferta da conta será expandida para pequenos fornecedores de grupos como a Vale e a própria MRV, que o banco já atende. Além disso, a instituição passará a oferecer antecipação de recebíveis no segundo semestre, logo que o mercado de adquirência for totalmente aberto à concorrência.

"Esses dois grupos (fornecedores e antecipação de recebíveis) devem responder por pelo menos metade das contas", disse Menin à Reuters. "O mercado digital de crédito vai dar uma guinada nos próximos meses", disse o executivo.

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O foco nesses grupos foi o caminho delineado pelo banco para se concentrar em clientes com um nível de risco relativamente menor, já que a conta corrente abre caminho para a oferta de diversos produtos financeiros, incluindo crédito.

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Sem poder reproduzir integralmente o modelo usado para operações de crédito ao varejo, no qual o grau de risco é apoiado em modelos matemáticos para encontrar tomadores de melhor qualidade, bancos digitais têm criado mecanismos para tentar pinçar empresas com melhores perfis, evitando por exemplo negócios mais informais.

No caso do Banco Inter, o filtro ocorre com a abertura de contas apenas para empresas selecionadas, das quais já tenha uma base de dados mais robusta incluindo área de atuação, clientes, geografia, ou dados dos próprios clientes pessoa física.

O banco deu uma guinada há três anos, quando lançou uma plataforma inteiramente digital como seu motor de crescimento, apostando sobretudo no varejo, segmento que tem quase 90 por cento da carteira de crédito total de 2,5 bilhões de reais.

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