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Barbosa: provável sucessor no BC é 'bastante técnico'

Por RICARDO LEOPOLDO E LEANDRO MODÉ
Atualização:

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, fez hoje uma avaliação positiva da gestão do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, e mostrou expectativas favoráveis em relação ao provável sucessor dele, o atual diretor de Normas da instituição, Alexandre Tombini. "Meirelles consolidou o fortalecimento da instituição (BC), iniciado com a constituição do sistema de metas inflacionárias. Ele colocou o País num outro patamar que não transigiu no combate à inflação. Todos saímos ganhando", afirmou Barbosa, destacando que Tombini tem perfil "bastante técnico", é "extremamente sério" e, uma vez confirmado, é uma indicação clara de que o governo manterá a atual política."Aliás, conforme a então candidata Dilma Rousseff falou, durante a sua campanha, seriam mantidos os pilares básicos da economia", disse. De acordo com o presidente da Febraban, indicar alguém que faz parte do quadro atual do banco é sinal de continuidade. Barbosa afirmou ainda que, como todo mundo, incluindo os bancos, é favorável à queda dos juros. Ele fez o comentário depois de ser perguntado se acredita que o próximo governo conseguirá reduzir os juros reais para 2% em 2014, como manifestado por Dilma. "Ninguém é contra a redução de juros, todo mundo é a favor, inclusive o sistema financeiro", afirmou."O que está implícito nesta questão é que se criem condições para que os juros possam ser reduzidos. É isso que a presidente eleita tem falado. E essas condições são, certamente, equilíbrio das contas públicas, desaceleração da inflação e utilização de mecanismos fiscais dos quais poderão, eventualmente, ser lançados mão para gerar esses resultados", afirmou. O presidente da Febraban disse que é positivo quando a condução da economia é realizada levando-se em consideração os contrapontos naturais manifestados pelos setores responsáveis por tal tarefa, uma menção indireta aos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e ao BC."É bom sempre que haja o contraponto. Pontos e contrapontos na economia existem e nunca vai haver consenso com todo mundo. Isso é a verdade de qualquer governo", afirmou. Barbosa ponderou, contudo, que, caso o BC e o Ministério da Fazenda atuem em mais harmonia na gestão das políticas monetária e fiscal, isso também será favorável para o País. Barbosa ressaltou que Meirelles ganhou grande respeitabilidade internacional e é um profissional que certamente encontrará portas abertas em instituições nacionais e internacionais.

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