A Basf, hoje a terceira maior fabricante mundial de produtos químicos para lavouras, vinha evitando os ativos de sementes e, em vez disso, incentivando pesquisas sobre características de plantas, como a tolerância à seca, que vende ou licencia para desenvolvedores de sementes.
Mas o acordo de US$ 66 bilhões entre a Bayer e a Monsanto para a compra do grupo de sementes norte-americano, anunciado em setembro do ano passado, criou oportunidades para que rivais adquiram ativos que precisam ser vendidos para atender a exigências de autoridades reguladoras de concorrência.
A venda para a Basf avalia o ativo em cerca de 15 vezes seu Ebitda de 2016, de 385 milhões de euros (cerca de R$ 1,4 bilhão), o que o analista Volker Braun, do Bankhaus Lampe, disse ser “razoável”, considerando que o ativo teria de ser vendido de qualquer modo.
A Basf financiará a aquisição por meio de uma combinação de dinheiro à vista, papéis comerciais e títulos. A companhia espera que a aquisição acrescente valor a seus resultados em 2020.
A Bayer disse que usará os lucros da venda para refinanciar parcialmente a aquisição da Monsanto. A empresa divulgará uma atualização sobre as sinergias esperadas com a aquisição no momento em que o acordo for fechado.
As ações da Bayer subiram 1,16% ontem e fecharam a 118, 15 euros na Bolsa de Frankfurt. Já os papéis da Basf recuaram 0,46%, sendo cotados a 88,90 euros.