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BB faz captação de US$ 1 bi no mercado internacional

Operação do banco, que desde 2014 estava longe do mercado externo, teve demanda de cerca de US$ 5,5 bilhões

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:

Após três anos longe do mercado internacional, o Banco do Brasil captou ontem US$ 1 bilhão em bônus de sete anos. A operação atraiu demanda de cerca de US$ 5,5 bilhões e foram registradas mais de 350 ordens de compra. “Podemos dizer que foi excepcional.

A percepção dos investidores foi muito positiva e recebemos ordens da América do Sul e fortemente da América do Norte e da Europa”, afirmou o vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do banco, Alberto Monteiro, em conversa com jornalistas.

O BB não ia ao mercado externo desde 2014, quando captou US$ 2,5 bilhões em bônus perpétuos Foto: Reuters

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A operação ofereceu ao investidor retorno de 4,70% e cupom (juros) de 4,625%. “Acho que foi uma taxa boa para o banco e para os investidores para uma emissão desse porte”, afirmou Monteiro. Segundo o executivo, os recursos devem permanecer no caixa do banco em Nova York para dar suporte às operações da instituição no exterior. “Não há uma demanda específica de destinação para qualquer um dos países onde o BB atua no exterior, tampouco demanda para qualquer tipo de estratégia. Estamos sempre otimizando o nosso caixa em dólares.”.

A captação teve como coordenadores o próprio BB Securities, BofA Merrill Lynch (BofA), BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e Wells Fargo. Na segunda-feira e na terça-feira, o BB visitou investidores dos mercados de Londres, Los Angeles, Nova York e Boston. Segundo Monteiro, não há planos de voltar ao mercado. E uma eventual nova captação destinada para ajudar a compor os níveis de capital do banco só aconteceria após 2020.

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Os bônus lançados ontem são seniores, ou seja, não têm efeito positivo direto no índice de Basileia, que mede a capacidade de um banco emprestar sem comprometer o seu capital. O BB não ia ao mercado externo desde 2014, quando captou US$ 2,5 bilhões em bônus perpétuos subordinados enquadrados nas regras do Basileia 3. Foi, na ocasião, a maior captação desse tipo feita por um banco entre países emergentes. Os bônus ofereceram remuneração ao investidor e cupom de 9% e a demanda superou US$ 12 bilhões. 

Tendência. O maior banco do País não está sozinho nesse movimento. De janeiro à última semana de setembro, as empresas brasileiras captaram US$ 21 bilhões com a emissão de dívida externa, 10% mais que o registrado em igual período do ano passado. De acordo com executivos de bancos, há uma expectativa de emissão de até US$ 30 bilhões neste ano, o que seria o maior valor desde 2014.

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