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BC da Espanha diz que país não precisa de ajuda externa

A Comissão Europeia afirmou, porém, que o ritmo da recuperação espanhola ainda não é robusto

Por Danielle Chaves , Regina Cardeal e da Agência Estado
Atualização:

MADRI - O economista-chefe do banco central espanhol, José Luis Malo de Molina, reiterou declarações recentes de uma série de autoridades da Espanha, segundo as quais o país não precisa de ajuda externa. Ele afirmou que o pacote de socorro à Irlanda deve ajudar a acalmar os mercados financeiros. A Comissão Europeia alertou, porém, que a retomada da economia espanhola ainda não é 'robusta'.

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A tensão no mercado de crédito europeu se acentuou nos últimos dias depois que ficou claro que a Irlanda precisaria ser socorrida. Desde então, os investidores voltaram sua atenção para Portugal e Espanha, duas outras economias cuja situação fiscal desperta preocupação.

A economia da Espanha, no entanto, ainda precisa embarcar em um ritmo robusto de recuperação, embora tenha se estabilizado neste ano depois da recessão entre 2008 e 2009, afirmou a Comissão Europeia. A previsão da Comissão para o crescimento econômico espanhol em 2011 foi reduzida para 0,7%, em comparação com a estimativa anterior de 0,8%.

Projeção

Por outro lado, a Comissão elevou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha neste ano. Em vez de contração de 0,4%, o país deverá ter contração menor, de 0,2%, segundo a Comissão. Para 2012, a projeção é de expansão de 1,7%.

O menor crescimento esperado em 2011 significa que o déficit orçamentário espanhol será levemente maior do que os 6% do PIB que o governo do primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero tem como meta. A Comissão afirmou que o déficit deverá cair para 6,4% do PIB em 2011, de 9,3% neste ano, e para 5,5% em 2012. A dívida bruta do governo subirá para 73% do PIB em 2012, de estimados 64,4% no fim deste ano.

Segundo a Comissão, o consumo privado aumentará caso a taxa de poupança das pessoas físicas caia mais rapidamente do que o esperado e as reformas recentes darão à economia e à confiança um estímulo se forem implementadas eficientemente. No entanto, a alta taxa de desemprego espanhola "pode solapar a confiança e levar as famílias a conter os gastos", disse a Comissão, que prevê aumento na taxa de desemprego para 20,2% em 2011, antes de recuar para 19,2% em 2012. As informações são da Dow Jones

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