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BC dos EUA quer clareza sobre impacto do Brexit antes de elevar juros

O Fed havia sinalizado duas altas de juros, mas agora várias autoridades entendem que a incerteza justifica uma postura de cautela

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Por Redação
Atualização:
A presidente do Fed, Janet Yellen Foto: NICHOLAS KAMM/AFP

Os membros do Federal Reserve, banco central norte-americano, decidiram em junho que um corte da taxa de juros não devem acontecer até que possam entender as consequências da decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE), de acordo com a ata da reunião do Fed divulgada nesta quarta-feira.

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A ata do encontro de 14 e 15 de junho, que aconteceu antes do referendo britânico em 23 de junho, mostrou inquietação generalizada sobre a votação, incluindo membros votantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed.

"Os membros em geral concordaram que, antes de avaliar se outra medida de remoção do afrouxamento monetário é justificada, é prudente aguardar dados adicionais sobre as consequências da votação no Reino Unido", apontou a ata.

Os membros também citaram forte desaceleração nas contratações nos Estados Unidos como motivo para manter a taxa de juros no mês passado, mostrou o documento.

A decisão britânica de deixar a UE, que chocou investidores e políticos, aumentou o nervosismo nos mercados financeiros e entre autoridades mundiais, em parte porque pode levar vários anos para que o Reino Unido e a UE cheguem a um acordo sobre novas regras financeiras, de comércio e de imigração.

Incerteza. Antes do referendo, o Fed havia sinalizado que duas altas de juros provavelmente seriam necessárias este ano para evitar que a economia norte-americana superaquecesse. Mas desde então, várias autoridades do Fed disseram que a incerteza justifica postura de cautela.

Na ata da reunião de junho, muitos membros do Fed que participaram das discussões destacaram que a expressiva desaceleração das contratações pode ser ruído estatístico, e a maioria argumentou que a economia estará pronta para altas de juros a menos que choques financeiros ou econômicos tirem os EUA do curso.

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Dezessete autoridades participaram da discussão, sendo que 10 deles tinham direito a voto no comitê decisório.

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